Universitários indígenas conseguem bolsa para concluir curso

Parceria entre Uninorte e Funai tem intermediação do gabinete do senador Tião Viana

 

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Jovens estudantes conseguem apoio para seguir na universidade. (Foto Angela Peres/ Secom)

Lideranças indígenas se reuniram na sede da Uninorte para debater a situação dos alunos matriculados na instituição que corriam o risco de perder os semestres cursados por dificuldades em manter as mensalidades em dia. Na manhã desta segunda-feira, um acordo entre Funai e a universidade, com intermediação do gabinete do senador Tião Viana, viabilizou o compromisso de manter estudando cinco alunos das etnias manchineri, apurinã e yawanawa pelos próximos seis meses até que o grupo efetivamente inserido no ProUni. Funai e Uninorte se responsabilizam pela manutenção de 50% cada um do valor total das mensalidades de cinco alunos dos cursos de Enfermagem, Gerenciamento Ambiental e Letras. Outros dois alunos já são atendidos por programas educacionais do Governo Federal.

 

O senador Tião Viana afirmou que esta parceria vai possibilitar aos indígenas a inclusão por meio do sistema de cotas, e com isso o povo brasileiro resgata uma dívida histórica com os indígenas. "Em cem anos de história não temos o registro de nenhum índio que tenha concluído o ensino superior. Estamos em débito com esses povos que preservaram o meio ambiente para nós", avalia o senador.

O diretor financeiro da Uninorte, Ricardo Leite, diz que considera a medida de inclusão social. "Mantemos quase 1 mil alunos beneficiados pelos programas educacionais do Governo Federal. Isto é um negócio, mas temos que cumprir nossa missão social". Ricardo Leite garante que o passivo dos estudantes indígenas será discutido para que possam pagar de forma a não prejudicá-los e alerta para que nos próximos vestibulares os interessados nos cursos da instituição procurem cedo aderir ao Prouni e Fies.

Reinaldo Apurinã, que cursa Gestão Ambiental, acredita que a conclusão do curso superior irá ajudar as comunidades indígenas a fortalecer sua própria cultura.  

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