O programa Asas da Florestania foi criado em 2005. Inicialmente era voltado para atender os anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano). Destacando-se dentro das necessidades de grupos isolados, como moradores de ramais e de populações ribeirinhas, logo surgiram as extensões para o Ensino Médio (2008) e para o Ensino Infantil (2009).
Apelidado de “Asinhas” pelos seus colaboradores, a medida educacional de Ensino Infantil, que atende crianças de 4 a 5 anos, irá receber, entre os dias 18 e 22 deste mês, equipe de reportagem do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que irá se deslocar até uma comunidade atendida pelo Asinhas para mostrar práticas de enfrentamento da exclusão escolar.
Em ação há cinco anos, o Asinhas foi criado tendo em mente os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicados em 2009, informando que mais de sete mil crianças que moravam nas regiões isoladas não frequentavam a escola e, consequentemente, não tinham acesso à educação.
Pensando em reavaliar esses dados, a Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE) colocou em execução o programa que quebra todos os paradigmas do atendimento convencional, atendendo as crianças em domicílio, realizando, assim, o sonho delas e principalmente de suas famílias.
Atualmente, o Asinhas atende 16 municípios acreanos, beneficiando mais de 1,9 mil crianças dentro de 1,8 mil famílias, graças aos esforços de 257 agentes distribuídos em 246 comunidades de difícil acesso do Estado, tendo recebido também em 2013 a visita do consultor Leandro Costa, representante do Banco Mundial.
A visita foi realizada em Plácido de Castro, na AC-40, Ramal Cabo Severino, quilômetro 8, atendido pela Agente de Educação Elen Dayana da Silva, responsável pela criança Rayline Vitória Lima. Para tornar-se agente educacional do Programa Asinhas da Florestania, são exigidos ensino médio, residir de preferência na comunidade em que atuará e ter no mínimo 18 anos.
Para o secretário da SEE, Daniel Zen, um dos principais pontos do Asinhas é oferecer uma proposta pedagógica diferenciada, voltada para seu público-alvo e adequando-se ao contexto das comunidades em que atua.
“O acesso à educação de qualidade é feito para desenvolver o lado criativo e emocional dos alunos, contribuindo para o alcance dos objetivos de paz, cidadania, segurança, promoção da igualdade e transmissão de valores culturais globais e locais para gerações futuras”, destacou o secretário.