Suínos

União de governo e produtores faz aumentar em 300% produção de suínos no Acre

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Junto com a Acreaves, a Dom Porquito gera quase 700 empregos diretos (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

A decisão do governador Tião Viana de construir a indústria de suínos Dom Porquito, em Brasileia, fez surgir uma nova força na produção rural do estado. A suinocultura se torna mais uma cadeia produtiva que fortalece a política de diversificação da produção, dando mais oportunidades às famílias agricultoras e garantindo uma cultura econômica sustentável, que não faz pressão de desmatamento contra a floresta.

Até poucos anos atrás, não existia uma cadeia organizada, mas após os investimentos do governo e a competência dos criadores, a suinocultura movimentou em 2017 mais de R$ 34 milhões no Acre. Ivânia do Santos Andrade e Edvaldo de Souza são dois exemplos dessa evolução socioeconômica. Moradores de Epitaciolândia (220 quilômetros de Rio Branco), eles acreditam cada vez mais forte nessa cultura produtiva, sendo fornecedores da indústria Dom Porquito.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”333327″ parallax_speed_bg=”1″][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_custom_heading text=”Da sala de aula ao galpão” font_container=”tag:h2|font_size:40px|text_align:center” google_fonts=”font_family:Fira%20Sans%3A300%2C300italic%2C400%2C400italic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:700%20bold%20regular%3A700%3Anormal”][vc_column_text]Percorrendo a Estrada Velha, ramal que por anos foi a principal ligação entre Epitaciolândia e Xapuri, chega-se às propriedades de vários dos 35 criadores de suíno. Alegre em mostrar a construção de sua nova granja, Ivânia é testemunha dos benefícios que se pode conseguir com o trabalho diário.

A agricultora familiar e professora começou sua criação em 2014. Após seleção do governo do Estado, por meio da Secretaria de Produção Familiar e Extensão Florestal (Seaprof), foi beneficiada com o galpão e equipamentos com capacidade para 300 animais. “Foi uma oportunidade que apareceu e decidi ver como era. Agora estou feliz com a produção. Foi tipo uma luz que caiu aqui”, declara. “Não fosse o incentivo do governo, não teria iniciado este projeto. Ninguém imaginava em suinocultura, além de quê, uma estrutura desta ninguém tinha como fazer, pois é muito cara”, conclui.

Junto do marido, ela então decidiu crescer nessa atividade, trabalhando em conjunto com a criação de gado também.

“Não fosse o incentivo do governo, não teria iniciado este projeto”, afirma Ivânia (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Em uma propriedade com um pouco mais de 80 hectares, Ivânia e a família estão construindo uma nova vida, que mudou bastante após a decisão de sair da cidade. “A gente morava na cidade, meu marido tinha um comércio e eu dava aula. Tínhamos uma vida que era 24 horas naquele comércio. Uma vez passei seis meses sem ir à casa da minha mãe. Aí decidimos: ‘Vamos cuidar da nossa terra lá mesmo?’. E aqui estamos”, conta.

Essa decisão se tornou ainda melhor por causa da nova atividade.”Eu me sinto bem morando aqui, melhorou bastante. Se não fosse a renda do suíno, não sei se teríamos conseguido aumentar um pouco nosso rebanho de gado. Antes a gente sempre tinha que vender alguma coisa. Com a suinocultura, melhorou bastante”, relata Ivânia, apontando para o galpão que está sendo finalizado.

[aspas fala=”Comecei com 300 animais, depois fui para 600 e hoje estou com mil suínos. Com a granja de 300, fui economizando e consegui comprar 30 vacas. Com essas vacas, já pude ampliar e hoje construir o galpão para mil animais” autor=”Ivânia” cargo=”Produtora Rural”]

Enquanto o marido estava trabalhando em outras propriedades, com o trator que adquiriram recentemente, Ivânia declara também sua paixão pelo trabalho que está há quatro anos fazendo: “A gente pega um porquinho pequeno e quando ele sai daqui com 110 qulos, eu digo: ‘Nossa, eu cuidei para ficar deste tamanho’. Adoro ficar ali cuidando, limpar, aplicar remédio. Se você cuidar bem, vai ter uma renda melhor”.

E continua, falando dos resultados. “A gente se sente feliz em imaginar que nosso produto poderá ir para a Bolívia, Peru, para China. Às vezes, a gente vai para o mercado e olha lá: ‘Essa é nossa carne, é o que nós criamos'”, afirma.

O trabalho diário, para chegar nesse ponto, é árduo, mas Ivânia não pensa em parar por aí. Acredita que dá certo e que outras famílias devam entrar na atividade. “Vale a pena, se eu tivesse que começar tudo de novo, começaria. Mas agora não quero começar, quero ir para frente. Fizemos esse galpão para mil animais, agora quero fazer outro de mil”, declara.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”333330″ parallax_speed_bg=”1.2″][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row css=”.vc_custom_1521579302032{margin-top: -100px !important;}”][vc_column el_class=” white”][vc_custom_heading text=”O casamento” font_container=”tag:h2|font_size:40px|text_align:center” google_fonts=”font_family:Fira%20Sans%3A300%2C300italic%2C400%2C400italic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:700%20bold%20regular%3A700%3Anormal”][vc_column_text]Vizinho de ramal da Ivânia, Edvaldo é outro criador feliz com a atividade. Vindo de Rondônia, ele está 20 anos no Acre, onde junto da esposa criou sua família. Sua filha é também um dos motivos de sua alegria com a suinocultura.

Além da coleta de castanha e da criação de algumas cabeças de gado, a criação de suínos é a atividade que gera renda para a família. “A vantagem, hoje, em mexer com o suíno, é que temos uma renda fixa. Eu acho que ficar se batendo de um lado para o outro, você gasta muito e às vezes não consegue o que deseja”, relata o agricultor.

Ele também pegou gosto pelo trabalho na criação, que, como explica, leva no máximo três horas do seu dia. “Se você só tem essa ocupação, você pega o gosto, porque não é uma coisa que não dá tanto trabalho de mexer. Você coloca a ração, lava diariamente, quando pega a base direitinho, vai embora. Minha sugestão é, se puder fazer, faça porque dá resultado”, conta, Edvaldo. Além disso, ele afirma que “hoje pode fazer os compromissos contando que vai dar certo, porque já se vê que vai para frente esse trabalho”.

Apesar de ainda estar com somente o galpão para 300 animais, a renda já dá os resultados que ele espera. A expectativa é se organizar para poder ampliar também, pois sabe que a demanda vai sempre aumentar.

Mas, neste anos em que cria os suínos, Edvaldo relata que sua alegria foi algo mais pessoal do que o sucesso do trabalho: “Com a renda da suinocultura, pude pagar o casamento da minha filha. Se fosse para fazer antes da chegada dos suínos, eu não teria condições. Isso é um sonho que todo pai e mãe tem para o futuro dos filhos, com a ajuda dos suínos conseguimos realizar esse sonho”.

A alegria de realizar um sonho de pai é algo único e que vai além do valor financeiro. Assim como a felicidade de poder construir a morada da família em um lugar tranquilo e que emana harmonia. Por isso, uma frase da professora Ivânia, que com tanta simpatia trabalha dia a dia em sua granja, marca o impacto que essa política de governo pode ter na vida dos acreanos: “Felicidade para mim é viver estável. A suinocultura está dando certo e acredito que vai dar ainda mais certo”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”333583″ parallax_speed_bg=”1.2″][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row css=”.vc_custom_1523554901098{margin-top: -100px !important;}”][vc_column el_class=”no-padding”][vc_column_text][box cor=”orange”]

A indústria acreana

O projeto Dom Porquito foi criado em 2011, durante o primeiro mandato do governo de Tião Viana, em uma iniciativa que ajudaria a consolidar um novo modelo econômico no Acre: a parceria público-privado-comunitária. A empresa é uma sociedade anônima em que a Agência de Negócios do Acre (ANA) tem 37% das ações e os demais acionistas, 63%. Os investimentos, só no frigorífico, foi de R$ 62 milhões, enquanto o complexo todo já englobou cerca de R$ 86 milhões.

Foto: Gleilson Miranda/Secom

O governo segue realizando investimentos nesta cadeia produtiva, agora também em Capixaba. No Projeto de Assentamento (PA) Alcobras estão sendo construídos dois galpões com capacidade para alojar 500 leitões em cada um, a ação beneficia 14 famílias. Já no PA Campo Alegre, está sendo construído um galpão para mil leitões, 14 famílias também serão beneficiadas. Um investimento total de R$ 1,1 milhão.

Está sendo realizado também a escavação e impermeabilização com geomembrana de Polietileno de Alta Densidade (PEAD) de 52 lagoas de armazenamento/estabilização de dejetos oriundos de 26 Unidades de Terminação de suínos. Essas ações estão sendo executadas pela Seaprof.

Os agricultores familiares, organizados em uma cooperativa, são responsáveis por realizar a engorda e cuidados para o crescimento do animal, que seguirá para o abate. A ração e orientações técnicas são fornecidas pela empresa.

O frigorífico, parte essencial para o projeto, foi inaugurado em 2015, com uma grande festa – com a presença do ex-presidente Lula, do governador Tião Viana e de cerca de quatro mil produtores de todo o estado, em Brasileia, durante o Primeiro Encontro das Cadeias Produtivas Sustentáveis do Alto Acre.

Atualmente, a Dom Porquito ocupa mercados em vários estados da Região Norte e aguarda processos burocráticos para começar a exportar para o Peru e a Bolívia. Sua produção está, em média, de 12 a 15 toneladas de embutidos por dia e abate cerca de 300 animais por dia, podendo chegar a 800 quando a demanda aumentar. Junto com a empresa Acreaves, tem 630 funcionários diretos.[/box][/vc_column_text][vc_row_inner][vc_column_inner][/vc_column_inner][/vc_row_inner][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]

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