Uma breve história da música em Rio Branco

Ouvir uma boa música, cantar e até mesmo solfejar notas musicais é uma sensação maravilhosa para muitas pessoas. Estudos afirmam que a música sempre esteve presente na humanidade e, desde os primórdios, o homem vem aprimorando os conhecimentos nessa linda arte no Brasil e no mundo.

Se voltarmos na história das gerações, em todas vamos nos deparar com algum tipo de som, seja batuque, vozes entoadas dos cantores medievais ou sons dos homens das cavernas.

No Acre, a musicalidade teve muitas influências provindas de grandes centros urbanos, do Nordeste e de outras regiões do país, como Rio de janeiro, São Paulo, Brasília e Manaus, entre outras.

Ainda recordo, em minhas memórias de longo prazo, quando mais jovem, sentado à beira da cama da minha avó, quando ela dividia a sua atenção comigo e com os programas da Rádio Nacional de Brasília, entre eles as radionovelas e o programa de uma apresentadora chamada Tia Leninha.

Eu observava que, entre uma novela e outra, ou uma história e outra, sempre tocavam músicas de diferentes estilos, muitas vezes infantis, e aquilo me enchia de alegria, pensamentos e motivações para o programa do dia seguinte. Nem percebia que, com essa apreciação de escuta musical, começava a montagem de um repertório para o futuro.

Só um pouco mais tarde soube dos grandes efeitos à saúde que a música traz, fazendo com que as pessoas criem novas expectativas, positivas ou negativas, dependendo da forma de enxergar de cada um, uma vez  que temos emoções, sentimentos, e percepções diferentes. Hoje sei, também, que a música tem grande poder sobre o aspecto emocional, ao elevar a autoestima e fazer com que as pessoas mudem seu jeito de pensar e interação com as demais, possibilitando novas influências, amizades, namoros ou até mesmo a cura de alguns transtornos mentais, motivando uma vida mais saudável e de bem-estar.

Sendo assim, busquei novos conhecimentos, e, em meados de 2014, ainda na faculdade, tive o prazer de estudar o desenvolvimento humano e a história da música e, finalmente, cheguei às conclusões que sempre pensei a respeito do efeito e ação que música tem sobre a humanidade. Não era à toa que Davi tocava harpa para o rei Saul se libertar de sua depressão e dos ataques de raiva, comprovando, desde então, uma forma de terapia musical para aliviar crises existenciais e de ansiedade.

Eu, você, e talvez ele, sendo músico, sejamos musicistas ou não, temos sempre uma história envolvendo a música a contar para alguém; se não lembra, busque no seu subconsciente que ela vai estar lá, é só acessar.

É notável que alguns músicos conseguiram aprender com a observação de outros que tocavam. Grande parte desses acreanos sofreram influências musicais e aprenderam a ouvir músicas de diferentes gêneros e estilos, e, com esse processo, o estado foi tomando gosto e adoçando o paladar musical entre seus povos e culturas provindas de diferentes regiões do Brasil.

 

 

Luiz Monteiro de Morais é licenciado em Música pela UnB, bacharel em Psicologia pela Uninorte, especialista em Educação Musical e Musicoterapia. É professor de cavaquinho, flauta e educação musical na Escola de Música do Acre (Emac)

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