Um olhar sobre Rio Branco

 

Rio Branco começa na beira do Rio Acre. Dali surgiram famílias e histórias, surgiu uma cidade com quase 350 mil habitantes (IBGE/2012). Uma urbe ramificada em bairros e conjuntos, pessoas entrelaçadas com o espaço urbano.

É fácil ouvir vovós, vovôs, tios e tias contando sua infância vivida às margens do rio, dos banhos, sorvetes e namoros bem ali, próximo à correnteza.

Naquela água que corria, lembra Felipe Nascimento, 58 anos, “uns meninos saiam rio abaixo, da praia da Base e seguiam, em uma câmara de ar, passando pela ponte metálica [Juscelino Kubitschek] e parando lá na Balsa do Pelado, no bairro Cadeia Velha”.

Passarela Joquim Macedo liga o Primeiro e Segundo Distrito (Foto: Sérgio Vale/Secom)
Passarela Joquim Macedo liga o Primeiro e Segundo Distrito (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Hoje, já adultos, esses “meninos” atravessam a Passarela Joaquim Macedo, aproveitando a Gameleira e seus espaços de alimentação e de contemplação, como o Deck do Calçadão.

Com a revitalização do Novo Mercado Velho e do espaço da Gameleira, o fluxo continua. Angela Queiroz, moradora do bairro Conquista, distante cinco quilômetros do Centro, comenta que gosta de sentir a proximidade de natureza quando se senta à beira do rio para conversar com os amigos, no largo do Mercado.

O tempo passa e a cidade alcança áreas distantes do centro comercial, comunidades são contempladas com parques, academias populares e praças, aliando lazer e saúde. Raimundo Prado, 55 anos, é cardíaco e seu médico foi taxativo: “Tem que caminhar”. Prado afirma: o Parque do Tucumã é ideal para o exercício, “não tem trânsito, é seguro e tem a natureza em volta”.

Parque do Tucumã é uma área segura e envolta em natureza, ideal para o exercício físico (Foto: Sérgio Vale/Secom)
Parque do Tucumã é uma área segura e envolta em natureza, ideal para o exercício físico (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Parque que une

Além de todo o lazer e saúde proporcionados, a área verde, junto de um lago encantador no início do Parque do Tucumã, está unindo mãe e filho. Polyana e Daniel Bezerra ficam cada vez mais juntos nas horas que têm disponível para passear após o trabalho da mãe.

Polyana e Daniel Bezerra fortalecem os laços de mãe e filho depois da jornada de trabalho (Foto: Sérgio Vale/Secom)
Polyana e Daniel Bezerra fortalecem os laços de mãe e filho depois da jornada de trabalho (Foto: Sérgio Vale/Secom)

“A gente pega coquinhos e joga pros peixes no lago”, diz Polyana, esbanjando carinho com sua criança. “Aproveito esse fim de tarde pra passar mais tempo com meu filho e ainda apresento a natureza pra ele”, afirma a mãe.

No Parque todos os dias, das 18 às 19h, há aulas de aeróbica do programa municipal Saúde em Movimento. O professor de educação física Fábio Barros explica que as aulas em grupo e ao ar livre ajudam no combate à depressão, hipertensão e outras doenças. “Muitos fogem do local fechado da academia para o ar livre e ainda fazem amizades aqui”, diz o professor.

A beleza da cidade e sua gente

Ramilo Severino utiliza o Parque da Maternidade como meio seguro de transitar de bicicleta pelo centro de Rio Branco (Foto: Sérgio Vale/Secom)
Ramilo Severino utiliza o Parque da Maternidade como meio seguro de transitar de bicicleta pelo centro de Rio Branco (Foto: Sérgio Vale/Secom)

De nada valeriam a arquitetura e o urbanismo de Rio Branco se não servissem aos seus moradores. Ramilo Severino, 65 anos de vida, 10 deles como vendedor de salada de frutas.

Pedalando, percorre as ruas do centro da cidade ofertando a doce salada, e afirma “aqui no Parque da Maternidade é mais seguro andar de bicicleta, passo todo dia por aqui para ir ao Mercado Elias Mansour”.

 Beleza e funcionalidade marcam a história do Parque da Maternidade, que possui 322.874 m2 e uma extensão de sete quilômetros (Foto: Sérgio Vale/Secom)
Beleza e funcionalidade marcam a história do Parque da Maternidade, que possui 322.874 m2 e uma extensão de sete quilômetros (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Assim como ele, centenas de outros trabalhadores ciclistas utilizam as vias do Parque para atravessar a cidade, indo dos bairros ao Centro de forma segura e rápida.

As crianças, que ainda não têm idade para conhecer a beleza da luta do trabalho, não querem saber de outra coisa senão da alegria, da felicidade, da bola nos pés.

Em um campinho de grama e uma trave improvisada, próximo ao Terminal Urbano de Rio Branco, crianças comandam o futebol. Os meninos Lucas Monteiro e Luan Rodrigues, de 11 anos, esquecem o corre-corre da cidade. Ali no campo, quem controla tempo e o espaço é a bola. Ela até voa.

Lucas Monteiro e Luan Rodrigues brincam e sonham... (Foto: Sergio Vale/Secom)
Lucas Monteiro e Luan Rodrigues brincam e sonham… (Foto: Sergio Vale/Secom)

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