Concluída a transferência de haitianos para Rio Branco

Chegada dos haitianos no abrigo em Rio Branco (Foto:Luciano Pontes/Secom)
Chegada dos haitianos ao abrigo em Rio Branco (Foto:Luciano Pontes/Secom)

Localizado no Parque de Exposições em Rio Branco, o abrigo montado na semana passada para receber haitianos, senegaleses e dominicanos que entraram no país recebe na manhã desta terça, 15, mais quatro ônibus com o último contingente de imigrantes que estavam no abrigo de Brasileia. As equipes municipais e do Corpo de Bombeiros receberam autorização para lacrar e realizar limpeza do galpão utilizado no município.

As gestões estadual e municipal somam esforços para a continuidade da ajuda humanitária aos estrangeiros, e a alimentação continua sendo mantida com recursos do governo federal. O acolhimento é realizado pela Secretaria Estadual de Defesa Social (Seds), que faz o cadastro e checagem de documentos. O titular da Seds, Antônio Torres, afirma: “Nossa equipe está coordenando o trabalho, fazendo fichas de identificação e cuidando da logística  interna, assim como do fluxo dos haitianos. O secretário Nilson Mourão também está em um diálogo com a Polícia Federal, Receita e Ministério do Trabalho, para dispormos atendimento aos que não possuem documentação”.

Todos imigrantes recebem vacinas (Foto: Luciano Pontes/Secom)
Todos os imigrantes recebem vacinas (Foto: Luciano Pontes/Secom)

Todos que dão entrada também fazem sua caderneta de vacinação e recebem as imunizações contra hepatite, tétano e febre amarela. As crianças recebem todas as vacinas adequadas para a faixa etária. “Essas doenças ainda são endêmicas no Acre, então esse é um protocolo de fronteira”, diz a representante da Secretaria Municipal de Saúde, Maria Morais.  De acordo com Nota Técnica nº 06/07/DEVEP/SVS/MS, o Brasil recomenda a vacinação contra febre amarela para viajantes com destino às áreas nacionais de risco de transmissão.

A haitiana Jacqueline Pierre desembarcou no abrigo com a esperança de um futuro melhor: “Quero trabalhar, faço qualquer trabalho, preciso vencer”. Ela  chegou ao Brasil dia 22 de março e trabalhava como cozinheira em seu país. Deixou os pais e três filhos para tentar a vida em território brasileiro.

Ainda hoje embarcam mais 130 imigrantes no voo da Força Aérea Brasileira (FAB), com destino a Porto Velho, e por via terrestre até São Paulo. Há ainda outros estrangeiros que adquiriram por conta própria passagem para outros destinos e também saem hoje do abrigo.

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