Tratamento homeopático é ofertado gratuitamente na rede pública de saúde

Pacientes interessados no tratamento homeopático participam de reunião na Policlínica do Tucumã (foto: Júnior Aguiar)

Dor de cabeça intensa – tão conhecida como enxaqueca -, crises de alergias (sinusite e rinites), insônia, depressão e o estresse causados por diferentes fatores do dia a dia. Situações comuns, que certamente faz muita gente recorrer à farmácia mais próxima ou às unidades de saúde em busca da medicina tradicional.

O que pouca gente sabe é que sintomas e doenças como essas também são tratadas e curadas por meio de uma medicina alternativa que não apresenta efeitos colaterais, cujos resultados vem se mostrando cada vez mais eficazes, como é o caso do tratamento homeopático, disponível e acessível à população na Policlínica do Tucumã.

Antes de iniciar o tratamento é preciso assistir uma palestra com o médico homeopata, Hassen Tajeddini, responsável pelo atendimento e acompanhamento dos pacientes que fazem uso de medicamentos homeopáticos que funcionam fazendo com que o próprio organismo reaja aos sintomas, atuando no fortalecimento das defesas naturais.

“A homeopatia chegou ao Brasil em 1940, e depois foi aprovada como uma especialidade em medicina. É algo muito bom, que infelizmente não é conhecido como deveria. A homeopatia trata-se de um sistema médico completo, que vê o paciente como um todo, não em partes. Os problemas emocionais levam à maioria das doenças. A saúde se restabelece a partir do equilíbrio da energia vital. Esse processo leva à melhoria dos sintomas e uma sensação de bem-estar”, explica o médico.

Fazendo tratamento homeopático há cerca de três meses, a estudante Schawany Najara Machado, de 19 anos, que se dizia incrédula da homeopatia, conta que sentiu melhora significativa nas suas constantes crises de enxaqueca. “Antes de conhecer não acreditava muito que iria dar certo o tratamento com remédios homeopáticos. Estava enganada. Não só minhas crises de enxaqueca que me isolavam em casa melhoraram, como outros sintomas, a exemplo da ansiedade e depressão foram controladas”, compartilha.

Estudante conta que homeopatia ajuda no tratamento contra crises de enxaqueca (foto: Júnior Aguiar)

Sobre a homeopatia

A homeopatia atua em diversas situações clínicas como doenças crônicas não transmissíveis, doenças respiratórias e alérgicas e transtornos psicossomáticos reduzindo a demanda por intervenções hospitalares emergenciais.

A opção de tratamento no Sistema Único de Saúde foi aprovada pelo Ministério da Saúde, que considera que a homeopatia é um sistema médico complexo de abordagem integral e dinâmica do processo saúde-doença, com ações no campo da prevenção de agravos, promoção e recuperação da saúde.

Durante a consulta homeopática, que tem uma escuta qualificada, podendo durar mais de uma hora, o médico explica que todas as queixas e sensações subjetivas são avaliadas, bem como os sintomas mentais, gerais e particulares. “Com base nessas informações é que é possível propor o tratamento, considerando todas as particularidades do paciente”, ilustra Tajeddini.

Como ter acesso

Para iniciar o tratamento, antes precisa se familiarizar com a homeopatia. Para isso, é preciso participar de uma palestra, que corre todas as segundas-feiras, a partir das 8 horas da manhã, na Policlínica do Tucumã, com o médico homeopata, Hassen Tajeddini.

O próprio médico é que faz o agendamento do paciente após a palestra. Em média, são realizados cerca de oito atendimentos por semana na unidade.

Saiba mais

De acordo com a homeopatia, o indivíduo não tem apenas uma doença: ele carrega um desequilíbrio que se manifesta de diferentes formas ao longo da vida. Por esse motivo, a função do médico homeopata é restaurar o organismo aos estágios que precedem a vida, no caminho da cura. É considerada, portanto, um tratamento preventivo e curativo.

Empregando mais de 2 mil remédios diferentes extraídos de substâncias vegetais, animais e minerais, a homeopatia se propõe a estimular o sistema imunológico e restaurar o equilíbrio energético do paciente com base nos sintomas e tratar qualquer doença, embora nem todos os indivíduos se beneficiem integralmente com a terapia.

Pacientes que sofrem de distúrbios graves não devem substituir a terapia convencional – ainda considerada “soberana” em todo o mundo – por remédios homeopáticos, exceto com o consentimento do endocrinologista ou especialista responsável.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a sua prática como medicina alternativa e complementar. No Brasil, foi reconhecida como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina em 1980 e é utilizada pelo Sistema Único de Saúde desde 2006.

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