Transformando vidas pela educação

Poronga comemora dez anos com a formatura de mais de 1,5 mil jovens

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O Poronga já mudou a realidade educacional de aproximadamente 19 mil jovens acreanos, muitos deles referenciais para outros jovens (Foto: Assessoria SEE)

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Samuel Lima de Figueiredo, ex-aluno do projeto Poronga, deu continuidade aos estudos foi aprovado em vários concursos públicos e hoje é estudante universitário (Foto: Assessoria SEE)

Transformação. Esta é a melhor definição do Projeto Poronga, que em 2011 completa dez anos iluminando o caminho de milhares de jovens em todo o Acre, por meio da educação. A data será comemorada com a certificação de 1.200 estudantes no ensino fundamental de 5ª  à 8ª série neste sábado, 22, às 17 horas, no Ginásio do Sesi. Professores, alunos, supervisores e parceiros que ao longo desta década contribuíram para o sucesso do programa serão homenageados. Haverá também formatura em mais seis municípios do Estado, com 331 estudantes beneficiados.

O Poronga já mudou a realidade educacional de aproximadamente 19 mil jovens acreanos, muitos deles referenciais para outros jovens. É o caso de Samuel Lima de Figueiredo, ex-catraieiro e que, após o programa, deu continuidade aos estudos e foi aprovado em vários concursos públicos. Hoje ele é funcionário do Banco do Brasil e acadêmico de Análise de Sistemas na Universidade Federal do Acre (Ufac).

Em parte, o sucesso do programa se deve muito à atuação constante e efetiva dos professores em sala de aula e a seu relacionamento com os alunos. A aluna Tifanny Silva é um exemplo de que a participação do docente é fundamental para estimular o aluno. Por problemas familiares, a estudante atrasou muito seus estudos. “Agradeço a minha professora Vorrosa e a todos os outros professores, que, quando deveriam ser simplesmente professores, transmitindo-nos conhecimentos e experiências, foram amigos e nos incentivaram a seguir nossos caminhos.”

Para a coordenadora do programa no Acre, Emilly Areal, em uma década no Estado, o Poronga provou ser um método eficaz, e de desacreditado passou a ser um grande aliado na inclusão de jovens. “O Projeto Poronga já transpôs os desafios da falta de credibilidade, fortaleceu a autoconfiança dos professores e elevou a autoestima de alunos, supervisores e comunidade. A redução progressiva da taxa de distorção idade/série, nos últimos oito anos, indica um aumento de trajetórias escolares bem sucedidas”, destacou

Além da capital, o Poronga atua em Tarauacá, Feijó, Brasileia, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia e Sena Madureira. Com 96,9% de aprovação, a turma de concludentes de 2010 obteve o segundo melhor resultado desde 2002, número que contribuiu na elevação da média geral para 94,1%. Esses resultados também se refletem nas avaliações nacionais, uma vez que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) é calculado com base nos dados de aprovação, reprovação e abandono nas redes de ensino de Estados e municípios.

Implantado em 2002 através de uma parceria entre o governo do Estado e a Fundação Roberto Marinho, com o objetivo de corrigir a distorção idade/série, que na época chegava a mais da metade da matrícula da rede estadual (54,12%) no ensino fundamental na zona urbana do Acre, o Poronga conseguiu nesses dez anos baixar para 24,8%. “Nossa meta é chegar ao fim de 2014 com apenas 15%”, afirma a coordenadora.

A experiência adquirida no Acre no combate à distorção ao longo desses anos chamou a atenção de vários Estados  que lidam com o problema. Técnicos visitaram as escolas que dispõem de telessalas para verem de perto como é aplicada a metodologia, que faz uso do Telecurso 2000. Após conhecerem, Estados como o Rio de Janeiro e Pernambuco acabaram por implantar o sistema

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