Trabalho no Acre: possibilidades em expansão para um mercado carente em mão de obra qualificada

Das novas oportunidades que se abrem à capacitação profissional, saiba o que é possível e necessário para ser um profissional de sucesso

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A qualificação é uma das principais exigências para quem deseja uma oportunidade de trabalho (Foto: Angela Peres)

O país deve chegar ao fim do ano com 1,7 milhão de novos empregos, segundo levantamento divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Somados aos 19,3 milhões de postos vagos em função de demissões ou que permanecem sem serem ocupados, a demanda por mão-de-obra poderá alcançar 21 milhões de trabalhadores este ano. O levantamento considera uma expansão de 5% na economia brasileira em 2011. Mas, e no Acre, como ficam as oportunidades de negócios e empregos?

Segundo o Instituto Dom Moacyr (IDM), o Estado possui 320 mil pessoas compondo a força de trabalho e poder aquisitivo. As empresas mudaram, as tecnologias mudaram, mas muito da cultura local ainda é a mesma.

Em muitos casos, o jovem aos 15 ou 16 anos começa a ser pressionado para trabalhar, principalmente nas classes menos favorecidas. “Esse jovem tende a entrar no mercado de trabalho cedo e seu desempenho educacional tende a cair. Muitos até mesmo param os estudos”, conta o presidente do IDM, Irailton Lima. “Esse quadro de trabalhar muito jovem diminuiu hoje ao que era no passado, mas ainda é grande o contingente de jovens que abandonam a escola pelo mercado de trabalho.”

A escola básica prepara somente para o vestibular e apenas uma fração entra na universidade. Cinco a seis mil jovens concluem o ensino médio por ano no Acre, mas apenas um terço entra para a universidade. Como resultado, temos jovens trabalhadores com baixa qualificação num mercado em expansão, mas que não é capaz de crescer junto à mão-de-obra não-capacitada.

Um mercado de oportunidades

 

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“O desafio do Acre é viabilizar sua economia privada. Não podemos apenas depender do Sistema Público, pois a administração pública já está chegando no limite”, diz Irailton Lima, presidente do Instituto Dom Moacyr (Foto: Angela Peres)

A economia privada do Acre é movimentada principalmente pelo setor da Construção Civil. Mas que não é o que mais emprega. Segundo a Superintendência do Trabalho no Acre, o ramo que mais emprega é o setor de serviços, mas é na construção civil que está seu pilar de sustentação. “O Estado depende muito da construção civil porque ela aquece os outros setores que fazem parte da cadeia produtiva do Estado. É um ciclo”, conta o presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), João Salomão.

A indústria de Construção Civil conta hoje com mais de 500 empresas que atuam no Acre e um faturamento expressivo. Porém, depende quase exclusivamente das obras públicas. Para piorar, quando o inverno começa, as obras diminuem e os empregos caem, demonstrando o que os pesquisadores chamam de sazonalidade do emprego e que acontece todos os anos.

Também é o setor que mais demonstra dificuldade de encontrar mão-de-obra qualificada no Estado, na verdade, uma dificuldade que tem aumentado em todo o país. “Fazendo pesquisas com os empresários, o que eu descobri é que a mão-de-obra é um problema”, comenta o professor de economia e pesquisador Carlos Estevão. Na construção civil os empregos são em sua maioria temporários. Porém, o ramo tem pago muito bem seus funcionários devido à baixa quantidade de profissionais qualificados. “Não há pessoas qualificadas o suficiente para atender todas as demandas. A tendência é de que isso ainda aumente com as obras da Copa e das Olimpíadas”, reforça Salomão.

Aconteceram muitos investimentos públicos no Acre que aumentaram o mercado. A verdade é que, com a melhoria de logística do Estado, há grandes possibilidades de outras empresas se fixarem entre o setor de serviços e a indústria de transformação. O empresariado local pode sofrer ao ter que competir com empresas de porte nacional, e mesmo com a necessidade de mais trabalhadores haverá falta de mão-de-obra qualificada.

“O Acre nos próximos anos vai mudar, e muito. Não há como parar o capital. O empreendedor que identifica uma boa oportunidade não será engolido por nada. Estamos caminhando para não dependermos mais do setor público. O privado pode caminhar sozinho, mas o capital humano é essencial, tanto no profissional qualificado como no empreendedor”, reforça o professor Carlos Estevão.

O que mais emprega no Acre ainda é o setor de serviços, num perfil empregatício que não é muito diferente do Brasil. É um setor complicado, segundo avaliação de especialistas. “Às vezes as pessoas não buscam a formação achando que ela não fará a diferença como garçom, vendedor ou camareira. Uma boa formação é necessária, sim. Em qualquer segmento ela faz muita diferença”, reforça Abrão Maia, diretor de Ensino do Senac. É um setor que possui uma alta rotatividade e está sempre precisando de mão-de-obra.

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No Acre, os interessados no sistema de ensino profissionalizante possuem boas opções, entre as escolas técnicas administradas pelo governo estadual através do Instituto Dom Moacyr e os centros de ensino do Sistema S (Foto: Assessoria FIEAC)

 

Como fazer parte?

Só o Sistema Nacional de Emprego (Sine) possui em seus cadastros cerca de 105 mil candidatos. Isso não quer dizer que todos estão desempregados. Para se cadastrar no Sine é fácil: basta procurar o órgão ou fazer pela própria internet através do site a partir dos 16 anos.

O órgão trabalha com intermédio de mão-de-obra, qualificação e seguro desemprego, e tira a carteira de trabalho. Com o cadastro realizado, o cidadão pode ser convocado de acordo com seu perfil. As empresas enviam suas necessidades e o Sine envia pessoas aptas aos cargos.

“O candidato quando selecionado passa por uma entrevista dentro do Sine e os empresários fazem a seleção final. Para cada vaga ofertada, são enviados de três a cinco pessoas para a seleção final, mas algumas confiam no julgamento do próprio Sine e já nos pedem pessoas diretas para ocuparem as vagas”, explica Heloisa Pantoja, gerente do Departamento de Mobilização pelo Trabalho.

Mas isso basta? Não. Heloisa conta que muitos perfis não são preenchidos. Os setores de refrigeração, gráfico, construção civil e indústria não conseguem preencher todas as vagas que abrem. Faltam profissionais qualificados. Para ela, as empresas mudaram e a tecnologia, também. "O processo de qualificação não tem acompanhado o mercado”, diz. Já o superintende Regional do Trabalho, Manoel Rodrigues, exemplifica: “O Acre recebeu cerca de 60 operadores de máquinas pesadas de outros Estados por não ter esses profissionais aqui. O Brasil está pagando caro por não investir em qualificação profissional. O foco está mudando da universidade para o ensino técnico”.

De fato, essa é uma das maiores preocupações do país, que tem destinado inúmeros investimentos justamente para a qualificação profissional.

O ensino profissionalizante

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Não bastam as escolas técnicas oferecem cursos e se preocuparem com qualificação. A iniciativa da boa qualificação profissional e do interesse de competir no mercado de trabalho tem que partir também da força de vontade individual de cada cidadão (Fotos: Gleilson Miranda e Assessoria Fieac)

No Acre, os interessados no sistema de ensino profissionalizante possuem boas opções, entre as escolas técnicas administradas pelo governo estadual através do Instituto Dom Moacyr e os centros de ensino do Sistema S, o Senai para a indústria e o Senac para o comércio. Só este ano, essas instituições juntas oferecerão mais de 23 mil vagas em cursos técnicos e de formação profissional, muitas gratuitas e oferecidas para quem mais precisa.

Só este ano, o IDM ofereceu 4 mil vagas em cursos de área técnica em todo o Estado. São de 7 a 8 mil vagas por ano e o objetivo do instituto é atender 10% da população em 10 anos. Com a parceria do recente Instituto Federal do Acre (Ifac), do governo federal, o objetivo é chegar a 14 mil vagas em cursos profissionalizantes por ano. Os interessados devem se manter atentos e buscar as informações, pois todas as seleções acontecem mediante edital. Até o ano passado, 60% das vagas eram destinadas a pessoas cadastradas no Bolsa Família, mas o leque de prioridades está aumentando.

Existem seis unidades de ensino do IDM no Acre, três delas especializadas em Rio Branco (Centro de Educação Profissional em Saúde, Escola da Floresta e Centro de Educação Profissional Campos Pereira). Em Cruzeiro do Sul existe o Centro de Formação em tecnologia da Floresta (Ceflora). Em Plácido de Castro, há o Centro de Educação Profissional João de Deus e em Xapuri, a Escola de Movelaria. Com o enorme déficit de profissionais capacitados, o IDM é a tentativa do governo estadual de reunir escolas especiais para reverter o quadro da educação profissional. “O desafio do Acre é viabilizar sua economia privada. Não podemos apenas depender do Sistema Público, pois a administração pública já está chegando no limite”, diz Irailton Lima, presidente do Instituto Dom Moacyr.

O Sistema S apresenta a mesma preocupação, como o Senai, ligado à qualificação para o setor industrial. No Estado, o Senai tem foco na aprendizagem industrial de jovens entre 14 a 24 anos nas áreas de panificação, confeitaria, mecânica, eletricista, operador de rede, costura industrial, operador de marcenaria e auxiliar de obra. Já o programa de nível médio, voltado para quem sai ou está saindo do ensino médio, oferece vagas para eletrotécnico e segurança do trabalho. Além disso, há programas de qualificação básica, aperfeiçoamento e iniciação.

Até agora, o Senai já registra 3.140 matrículas, com expectativa de 9.526 para todo o ano. Dessas, 2.395 foram gratuitas. Em 2010 foram no total 3.470 matrículas. A expectativa de aumentar o número de vagas este ano também fica por conta da abertura de novas instalações em Cruzeiro do Sul, previstas para julho próximo. “O mercado está demandando muita gente qualificada e tem áreas que não estamos dando conta, precisamos duplicar esse número e realizar novas parcerias. Nossa meta é ultrapassar 10 mil pessoas qualificadas. E ainda assim não estaremos atendendo todas as demandas”, conta Solange Teixeira, diretora da instituição.

Já o Senac, também pertencente ao Sistema S, oferece formação inicial, continuada, aprendizagem, capacitação e habilitação técnica na área de aprendizagem comercial, além de cursos técnicos em saúde. Em breve também oferecerá serviços de pós-graduação e cursos a distância. Com estruturas novas e recém-reformuladas em Rio Branco e Cruzeiro do Sul, aumentou seu efetivo de funcionários e professores em 50% buscando ampliar a oferta de cursos e vagas. São em torno de 100 cursos oferecidos, um número não fechado por causa dos cursos corporativos, resultados de parcerias entre empresas e o Senac para a qualificação de funcionários já empregados.

No Senac, o Programa de Aprendizagem visa o primeiro emprego e atualmente atende 335 jovens. São três dias na empresa e dois dias no Senac por semana. Eles também têm o Banco de Oportunidades, que realiza encaminhamento de alunos direto para o mercado de trabalho de acordo com as necessidades das empresas – por exemplo, as redes de supermercado e o futuro shopping de Rio Branco.

“Os resultados de uma boa qualificação técnica profissional são sensacionais. Nós temos depoimentos de transformações de vida, pois é isso que a qualificação realiza”, conta Abrão Maia, diretor de Ensino do Senac.

Iniciativa e persistência

Não bastam as escolas técnicas oferecem cursos e se preocuparem com qualificação. A iniciativa da boa qualificação profissional e do interesse de competir no mercado de trabalho tem que partir também da força de vontade individual de cada cidadão. Pesquisar, procurar, informar-se e se orientar são essenciais para quem pretende ter uma verdadeira vantagem na procura por uma colocação no mercado.

Para se ter uma ideia, enquanto há cursos como os da área de saúde do Instituto Dom Moacyr, que ofereceram 255 vagas em 2010 e tiveram uma procura de 11 mil pessoas, dificultando muito a seleção de candidatos. O inédito curso de design em movelaria oferecido pelo Senai não começou até hoje pois não houve procura de candidatos.

A boa qualificação profissional é capaz de mudar a vida do indivíduo. É o que procura Josemir Oliveira, 33, que faz o curso de Nutrição e Dietética. Ele trabalha atualmente no Centro de Recuperação Amo Você, que cuida de dependentes químicos. Por causa disso cresce o desejo de conciliar a nutrição com o trabalho no Centro. Ex-dependente químico, Josemir possui apenas o ensino médio completo. A mãe veio do seringal e possui 11 irmãos. Já está no quarto mês do curso. “A esperança de 99% dos que fazem o curso é entrar no mercado depois de formado. Enquanto estudante, eu tenho vontade de ser o melhor para me destacar nesse mercado”, revela Josemir. "Hoje, entre a universidade e a escola técnica, eu prefiro a escola técnica, que já está me preparando direto para o mercado".

Já para Zilda Maria de Oliveira, 31, que faz o curso técnico de Análises Clínicas – um sonho que se realiza, segundo ela -, só esperava a oportunidade quando ela finalmente surgiu. Autônoma, atualmente Zilda vende verduras no mercado, onde tem uma banquinha. Mora no quilômetro 20 da estrada de Porto Acre, acorda às 4 horas da madrugada e chega em casa só às 8 horas da noite, onde encontra os três filhos. Considera que sua responsabilidade de mudar de vida é maior ainda por causa deles.

Zilda nunca assinou a carteira de trabalho na vida, casou e se separou muito cedo e completou o ensino médio só em 2008. “Eu quero que meus filhos tenham uma vida diferente da minha, eu quero que eles tenham oportunidades melhores. Quero conseguir um trabalho para dar uma vida melhor para eles”, conta a verdureira, que espera em breve trabalhar num laboratório.

Além disso, se por um lado a iniciativa individual deve ser bastante estimulada para que as pessoas se preocupem com suas qualificações, vale lembrar que existem empresas que também se dedicam cada vez mais à profissionalização dos seus funcionários. O próprio Senac realiza um importante trabalho de consultoria com as empresas prestadoras de serviços e juntos oferecem cursos específicos na área corporativa. São lojas, hotéis e restaurantes que, junto ao Senac ou até outras instituições como o Sebrae, oferecem a qualificação.

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Zilda Maria de Oliveira faz o curso técnico de Análises Clínicas – um sonho que se realiza, segundo ela "Só esperava a oportunidade quando ela finalmente surgiu" (Foto: Angela Peres)

 

O papel de desenvolvimento do governo

 

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“O governo tem um forte programa de piscicultura, então eu tenho que formar trabalhadores para as áreas necessárias. Inicialmente serão mais de dois mil empregos nessa área. Tem que ser uma formação concentrada e dirigida”, revela Edvaldo Magalhães (Foto: Angela Peres)

Só investir na qualificação profissional não é o suficiente. Deve existir uma óbvia contrapartida de emprego e renda. E é no objetivo de aumentar esse leque de oportunidades que entra o governo estadual. Principalmente junto às duas novas secretarias instaladas pelo governador Tião Viana – a de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio, Ciência, Tecnologia e Serviços (Sedict) e a de Pequenos Negócios (SPN).

O Governo aposta hoje num dos maiores programas de desenvolvimento no Acre para os próximos anos: a piscicultura. Os recursos destinados a esse projeto chegam a R$ 53 milhões. Mas a preocupação não é só com investimentos. “O governo tem um forte programa de piscicultura, então eu tenho que formar trabalhadores para as áreas necessárias. Inicialmente serão mais de dois mil empregos nessa área. Tem que ser uma formação concentrada e dirigida”, revela Edvaldo Magalhães, secretário de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio, Ciência, Tecnologia e Serviço. 

Outro grande ponto são os investimentos voltados para a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Acre. A ZPE é um distrito industrial incentivado, onde as empresas nele localizadas desfrutam de um tratamento fiscal e cambial diferenciado, com a condição de destinar a maior parte de sua produção para o exterior. Atualmente, para a ZPE, 32 empresas apresentaram proposta. Dessas, 16 foram priorizadas.

A ZPE tem um grande potencial de emprego, mas é cedo para afirmar isso e seu processo de implantação se dará por etapas. Primeiro: viabilizar. Já em julho serão estabelecidas as condições de alfandegamento. Segundo: apresentar as propostas das empresas no Ministério do Desenvolvimento, e, com seu aval, autorizar a instalação e funcionamento delas dentro da ZPE. O potencial é enorme, podem ser mais de seis mil empregos diretos, mas num tempo que ainda não pode ser previamente estabelecido. Ainda assim, toda essa preparação é necessária desde agora, pois, segundo Edvaldo Magalhães, “o fato é que o Acre está se abrindo para o desenvolvimento e não podemos ter essa falta de crescimento por causa de mão-de-obra”.

Já a Secretaria de Pequenos Negócios (SPN) também prioriza o desenvolvimento econômico, mas num novo âmbito, que enfoca as pessoas mais carentes do Estado, principalmente as que têm assistência do Bolsa Família e do CADúnico. É um trabalho direcionado a essas pessoas para criar uma perspectiva, fortalecê-las e desenvolver o empreendedorismo, despertá-las para a capacidade de ir além.

Silvia Monteiro, secretária Adjunta da SPN, explica que isso se dará em três fases: 1) despertar o empreendedorismo nessas pessoas, 2) capacitá-las em cursos de formação e escolas técnicas e 3) oferecer uma maneira para que elas possam começar, desde ceder equipamentos até crédito diferenciado. “Tudo isso voltado para a potencialidade de cada região. Por exemplo, nesse momento Cruzeiro do Sul tem um potencial de produção de óleos vegetais e seus derivados. Vamos investir nas pessoas que podem trabalhar com isso”, conta Monteiro.

Em quatro anos, a SPN tem expectativa de abrir três mil novos negócios, tanto individuais quanto coletivos. Serão no mínimo oito mil pessoas atendidas, mais duas mil com o benefício de crédito especial e cinco mil pessoas que receberão capacitação. Só nos primeiros 120 dias do governo Tião Viana, 300 pessoas já entraram em cursos de qualificação profissional. A secretaria também tem um importante programa de apoio e fomentação de cooperativas, desde a capacitação até investimentos. Até agora já foram identificadas 45 cooperativas de produção no Acre.

A preocupação também é social. Os beneficiários de equipamentos só os terão cedidos pelo governo junto a uma contrapartida por parte dos beneficados: participar das capacitações e investir em suas residências, pois, segundo a SPN, alguém que mora bem é alguém que trabalha bem. A secretaria também acompanhará essas pessoas e seus negócios por no mínimo dois anos, tempo de maior risco para a quebra de um empreendimento.

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Outro grande ponto são os investimentos voltados para a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Acre (Foto: Angela Peres)

 

Horizonte de boas oportunidades

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A qualificação é uma das principais exigências para quem deseja uma oportunidade de trabalho (Foto: Gleison Miranda e Assessoria Fieac)

De acordo com o Ipea, o setor que mais deve gerar empregos no ano é o comércio e reparação, com mais de 546 mil novos postos de trabalho, seguido pela indústria, com mais de 503 mil novas ocupações, e da construção civil, com 168 mil novos empregos. Juntos, esses três setores devem responder por 73% do total de vagas geradas. No Acre não é muito diferente – só o shopping que será inaugurado na capital vai abrir 2.200 novas vagas de trabalho. As obras de finalização da BR-364, junto com suas pontes, ocupam um ponto primordial na economia acreana. O desenvolvimento da piscicultura e da indústria em breve também alavancarão os setores.

Mas a formação é primordial. Nada nesse campo é à-toa. A maioria dos cursos de formação profissional é definida a partir de estudos e projetos que demonstram o que falta para a região e só então as áreas prioritárias são definidas e os cursos ofertados. Novas oportunidades estão surgindo todos os dias a cada reavaliação de necessidades empregatícias. O mercado demonstra a necessidade de novos perfis para ocupar postos de trabalho.

As oportunidades estão aí, os cursos oferecidos pelo Instituto Dom Moacyr são todos gratuitos, embora atendam requisitos sociais. Novas formas de qualificação têm sido investidas pelo governo federal, como programas de formação, novas escolas técnicas e injeção de dinheiro no Sistema S para qualificação profissional que abre inúmeros programas de gratuidade além de seus cursos pagos.

 

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O Governo aposta hoje num dos maiores programas de desenvolvimento no Acre para os próximos anos: a piscicultura. Os recursos destinados a esse projeto chegam a R$ 53 milhões. Mas a preocupação não é só com investimentos (Foto: Gleilson Miranda)

 

 

{xtypo_rounded2}Os setores com maior necessidade de profissionais técnicos:

– Construção Civil
– Indústria
– Comércio
– Turismo (Hotelaria, Bares e Restaurantes)
– Gráfico
– Refrigeração
– Eletricista
– Corretor de Imóveis
– Segurança no trabalho
– Panificação
– Informática
– Todos os cursos técnicos em saúde {/xtypo_rounded2}

{xtypo_rounded2}Onde se qualificar:

– Instituto Dom Moacyr – www.idep.ac.gov.br
– Senac – www.ac.senac.br
– Senai –  www.senaiac.org.br
– Sine – www.sine.ac.gov.br {/xtypo_rounded2}

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