O presidente da República, Michel Temer, aceitou na manhã desta terça-feira, 10, o convite do governador Tião Viana para participar do Encontro de Governadores do Brasil pela Segurança Pública e Controle das Fronteiras – Narcotráfico, uma Emergência Nacional. O evento será sediado no Acre, no próximo dia 27.
Na audiência em Brasília, no Palácio do Planalto, Tião Viana acertou com o presidente detalhes do encontro, que contará ainda com a presença da presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira. Além de governadores do Brasil, devem participar também chefes de estados subnacionais e embaixadores da Colômbia, Bolívia, Peru e Equador.
“A expressão da passagem de drogas e armas pela fronteira do nosso país é a crise da violência nos grandes estados. Para nós, o problema mais grave do país é esse, e estamos pedindo uma reunião de emergência para criar uma agenda. Da maneira que o Brasil conseguiu constituir um sistema nacional de educação e um sistema nacional de saúde, nós carecemos de um sistema nacional de segurança pública”, afirma Tião Viana.
Além de aceitar o convite, Michel Temer deve assumir uma pauta de compromissos emergenciais com os Estados e os poderes.
Acre puxou o debate nacional
Desde o primeiro Fórum de Governadores da Amazônia Legal deste ano, o governador Tião Viana levanta a urgência de haver uma união nacional e efetiva contra o narcotráfico. Com a realização do evento no Acre, o governador propôs a ampliação do debate para o âmbito nacional e internacional.
Para Tião Viana, o próprio Plano Nacional de Segurança Pública, anunciado recentemente pelo governo federal, é insuficiente para a questão, por não ter uma interface com os estados. Falta uma mesma linguagem entre as polícias estaduais e federais, além de um sistema integrado de inteligência, com uma ação planejada e plano setorial.
“Queremos a criação de um Fundo Nacional de Segurança Pública e ação emergencial com o Conselho Nacional de Segurança Pública envolvendo os Estados do Brasil”, reforça Viana.
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