O diretor e produtor de documentário Marc Dourdin acompanhado pelo diretor de fotografia, Flávio Murilo e pelo técnico de som, Eduardo Scandaroli gravaram nesta segunda-feira, 27, entrevista com o governador Tião Viana sobre transplantes de órgãos no Estado. “A realização de transplantes no Acre faz parte da história recente da saúde pública no Estado. Esta é uma grande conquista”, destacou.
O governador ressaltou que há uma ponte entre o Estado e o Ministério da Saúde que permite que o Acre esteja ligado a um serviço de excelência nesta área com uma equipe de São Paulo, liderada pelo médico especialista em transplantes de órgãos, Tércio Genzini.
Viana lembrou que acompanha a situação de pacientes que precisam de transplantes desde 1986, quando se formou em medicina e, que testemunhou o calvário dos pacientes com câncer, doenças hepáticas, doença renal ou na medula que precisasse transplantar órgãos.
“Naquela época os doentes não sabiam a quem se dirigir, não havia um sistema centralizado no Brasil capaz de distribuir por prioridades e ouvir esses doentes. No máximo esses pacientes chegavam a um hospital terciário nosso e voltavam para casa designados a perder suas vidas e, isso foi evoluindo do tratamento clínico das doenças, à chegada das máquinas de hemodiálise, ao trabalho de apoio aos doentes que poderiam ter um tratamento complementar, até os transplantes”, declarou.
De acordo com o governador, antes os pacientes graves e crônicos que precisavam de transplantes ou que tinham passado por cirurgias de transplante tinham que morar fora do estado. Atualmente, 95% desses pacientes são tratados e atendidos pelo sistema público de saúde do Acre. “Apenas 5% precisam se deslocar para outros estados pela complexidade do tratamento”, complementou.
Em entrevista para o documentário, o governador destacou ainda que o Acre também está iniciando uma nova etapa com os transplantes de fígado. “Estamos prontos para começarmos os transplantes de fígado”, anunciou.