O projeto de lei do novo Código Florestal será analisado ainda pela Comissão de Meio Ambiente antes de seguir para votação no senado
No mesmo momento em que o senador Jorge Viana apresentava seu relatório sobre o projeto de lei do novo Código Florestal, na Comissão de Meio Ambiente do Senado (CMA), seu irmão, o governador do Acre, Tião Viana, participava de uma reunião da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing no Brasil (ADVB), em São Paulo.
Viana, o governador, foi tratar de convencer o empresariado das oportunidades de investimento no Estado para os próximos anos, mas não se furtou de falar ao Valor sobre a atuação do irmão. “Jorge está conduzindo a questão com a maior dedicação. Isso se confunde à trajetória dele como engenheiro florestal e com nossa luta ambientalista. Ele entende que a economia florestal é uma grande saída para o Brasil”.
Para o governador, o relatório feito pelo relator do projeto na Câmara dos Deputados e agora ministro do Esporte, Aldo Rebelo, precisa de ajustes. “Aldo fez um esforço grande e democrático para ouvir todos os segmentos, mas ele fez uma opção, a meu ver, algo conservadora”.
Enquanto Viana pontuava como principal dificuldade em um acordo entre ruralistas e ambientalistas a designação das Áreas de Proteção Permanente (APP), o senador, em Brasília, explicava as razões que o levaram propor a alteração no projeto da definição de topo de morros e montanhas das APPs, incluindo a proteção às faixas marginais de veredas.
A Comissão de Meio Ambiente será a última pela qual o projeto deve passar antes de seguir para votação no plenário do Senado. Se houver alteração no projeto – pelo menos 60 emendas foram propostas – ele retornará à Câmara dos Deputados.