As obras de um dos maiores desafios de engenharia do país estão em sua reta final. E o governador Tião Viana aproveitou uma intensa agenda nos municípios ao longo da BR-364 nesta terça-feira, 27, para cruzá-la de Cruzeiro do Sul a Rio Branco e vistoriar o andamento das obras, se estão ocorrendo dentro do prazo, com todo o esforço possível para que a trafegabilidade seja garantida.
Atualmente a BR-364 apresenta dois pontos chaves em sua conclusão: os 42 quilômetros do Massipira até Feijó, que ainda estão sendo estruturados para receber o asfalto, e os 120 quilômetros de Tarauacá até o Liberdade, que existem há mais de cinco anos e hoje precisam ser reciclados. “Para termos uma ideia da situação, na última semana chegaram 11 carretas de cimento para misturar com barro vermelho e preparar o solo para receber o asfalto no último trecho entre Manoel Urbano e Feijó. Esse material durou apenas oito dias”, disse o governador Tião Viana.
Parando no acampamento da empresa que está reciclando parte do trecho entre Tarauacá e o Rio Liberdade, o governador tomou ciência de que a empresa tenta reduzir o prazo de entrega das obras de janeiro para outubro, quando deve começar o período de chuvas, e as obras seriam muito prejudicadas. Ainda assim, a nova meta é ousada e desafiadora.
“Tivemos problemas em 124 quilômetros de Tarauacá ao Liberdade. Estamos agora reciclando esse trecho para chegar ao período de chuvas e termos boas condições de trafegabilidade”, disse o vice-governador César Messias.
Uma das medidas tomadas pela empresa para diminuir o prazo de entrega do trecho foi deixar de trazer o material de Manaus (AM) por balsas e começar a tranpsortar os insumos de Porto Velho (RO), por terra. Entre as obras nesse trecho, 20 quilômetros já estão com a capa asfáltica, 14 estão sendo reciclados e outros 14, passando pelo processo de imprimação e capa. Até o dia 11 de setembro, 32 quilômetros devem estar prontos – os 18 restantes, sob a responsabilidade da empresa, serão entregues até o dia 30 de outubro. Vinte e três equipamentos atuam nesse espaço e o governo, junto com as empresas responsáveis, procuram maneiras de instalar duas frentes de trabalho.
Massipira
Entre os desafios apresentados na construção da BR-364 está a brita, um material que garante a qualidade e durabilidade da obra, mas tem seu preço no custo da construção civil. Nas obras da BR-364, um caminhão de brita – que custa entre R$ 60 e R$ 80 em Rondônia, de onde vem -, chega a custar até R$ 500 para chegar ao acampamento de obras da BR-364, no Massipira, por exemplo. A grande questão é o transporte do produto, que encarece o valor final.
Ainda assim, o ritmo não para. Um número gigante de máquinas aproveita o sol escaldante do período de seca amazônica para finalizar os 42 quilômetros do Massipira até Feijó, que já estão encerrando a fase de terraplanagem e iniciando o asfaltamento do trecho, o último não asfaltado de toda a BR-364.
O trecho entre Bujari e Sena Madureira está em recuperação pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que, além da operação de tapa-buracos e retirada dos “borrachudos”, fará o recapeamento asfáltico de alguns trechos. A ação é feita com recursos do Crema (Programa de Conservação, Recuperação e Manutenção do Ministério dos Transportes).
O governador Tião Viana percorreu o espaço, encontrou o presidente do Deracre no caminho – Ocírodo Júnior, que coincidentemente também fiscalizava as obras -, conversaram, e também cumprimentou operários e engenheiros, agradecendo a todos pelo esforço para concluir os trechos a tempo. “Minha gratidão a todos os servidores do Deracre. Estamos aqui para garantir o direito do acreano de chegar de Rio Branco ao Juruá em uma rodovia completa e bem feita, dedicando-se com intensidade a essa obra, e, se Deus quiser, inaugurar esta estrada ano que vem com a presidente Dilma”, disse Tião Viana.
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