Tião Viana apresenta ao Fundo Amazônia projeto de desmatamento ilegal zero do Acre

O governador Tião Viana e parte de sua equipe de governo se reuniram na manhã desta terça-feira, 23, com Marilene Santos, da diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e Juliana Santiago, chefe do Departamento de Gestão do Fundo Amazônia, no Rio de Janeiro, para apresentar o Projeto Desmatamento Ilegal Zero, que visa a redução do desmatamento e da degradação florestal em todo o Acre.

(Foto: Cedida)

Ao todo, serão mais de R$ 82 milhões investidos nesse projeto em parceria com o Fundo da Amazônia, que contribui para coibir práticas ilegais de desmatamento a partir da conjunção de estratégias das áreas de comando e controle, gestão territorial, ambiental e produção sustentável. Ao final da iniciativa, a expectativa é de que o Acre atinja o desmatamento ilegal zero até 2020, com florestas produtivas, conservadas e habitadas, sendo modelo de sustentabilidade.

No Acre, os órgãos executores serão a Secretaria de Meio Ambiente (Sema), o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), o Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), o Instituto de Terras do Acre (iteracre), a Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) e outros órgãos do governo do estadual, junto às ações de conservação e incentivo a práticas econômicas com impacto social.

O secretário de Meio Ambiente do Acre, Carlos Edgard de Deus, ressalta: “Este é um momento muito importante para o Acre. Um projeto de quatro anos que vai consolidar o processo de implantação do programa de regularização das propriedades rurais”.

Acre é referência

O Acre é referência nacional e internacional pela sua política pública de preservação ambiental aliada ao desenvolvimento sustentável e reduziu o desmatamento ilegal em 66% nos últimos 12 anos estado, enquanto aumentou em 400% seu Produto Interno Bruto (PIB). Protagonismo este que tornou o estado a primeira unidade da federação a conseguir viabilizar a captação de recursos internacionais para o meio ambiente no Brasil.

O recursos do BNDES ainda se somam aos mais de R$115 milhões estaduais já obtidos por meio de parcerias com o Banco Alemão KfW, o governo do Reino Unido, e também do Banco Mundial, para que o Acre mantenha seus 87% de florestas preservadas de forma produtiva por meio do manejo madeireiro e não madeireiro, além da utilização das áreas já abertas em atividades produtivas como o programa de Florestas Plantadas e a criação de pequenos animais.

A chefe da Casa Civil, Márcia Regina, destaca que o Acre é o primeiro estado a fazer essa apresentação dentro da segunda fase do Fundo Amazônia. “Agora esse projeto segue para contratação do BNDES com o governo”, explica.

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