Terra Yawanawá é exemplo de atenção do governo aos povos indígenas

Mulheres índias fazem belos artesanatos (Foto: Romerito Aquino)

Mulheres índias fazem belos artesanatos (Foto: Romerito Aquino)

“Nós só queremos que o governo do Estado faça por último apenas o nosso posto de saúde, pois o resto já está pronto com sua ajuda. E queremos convidar o governo do Acre e o governo do Brasil para serem parceiros em negócios”, afirma o cacique Biraci Brasil, líder dos quase mil índios yawanawá, da Terra Indígena do Rio Gregório, em Tarauacá.

A afirmação da liderança Yawanawá está  respaldada nas muitas ações que os governos Jorge Viana, Binho Marques e de Tião Viana consolidaram e vêm consolidando em favor da população indígena do Estado, hoje em torno de 17 mil índios, espalhados por mais de 300 aldeias, ao longo de 2,4 milhões de hectares de florestas, representando 15% do território acreano.

Começa o II Festival de Dança, Música e Espiritualidade Yawanawá (Foto: Sérgio Vale)

Começa o II Festival de Dança, Música e Espiritualidade Yawanawá (Foto: Sérgio Vale)

O cacique Yawanawá recebeu nos dias 26 e 27 de outubro passado, na aldeia Nova Esperança, a oito horas de barcos a partir da BR-364, a visita do governador Tião Viana, da primeira dama Marlúcia Cândida, do vice-governador César Messias e esposa Vanuza Messias e do senador Jorge Viana, que foram participar do XII Yawa, o Festival de Música, Dança e Espiritualidade do Povo Yawanawá, que contou este ano com 300 turistas de 22 países e 500 índios de etnias do estado e do resto do Brasil.

Índios dispõem de muitas canoas para se locomoverem (Foto: Romerito Aquino)

Índios dispõem de muitas canoas para se locomoverem (Foto: Romerito Aquino)

Quem visita hoje a Aldeia Nova Esperança, onde vive a maioria dos yawanawá, pode perceber, de fato, que são muitas as ações dos governos da Frente Popular, com apoio dos governos Lula e Dilma, naquela terra indígena, a segunda maior do Acre e a primeira a ser regulamentada.

Logo ao chegar à aldeia, o visitante pode ver os muitos barcos a motor, alguns doados pelo governo, usados pelos índios para fazer o transporte dos produtos da cooperativa indígena e para fiscalizar seu próprio território, de 187 mil hectares de floresta. “Os barcos são usados por todos da aldeia que precisam ir à cidade”, diz Biraci.

Casa da Produção e Cultura da Mulher Indígena (Foto: Romerito Aquino)

Casa da Produção e Cultura da Mulher Indígena (Foto: Romerito Aquino)

Adentrando a aldeia, o visitante logo vê os postos e fios que levam para todas as casas a energia elétrica, que é servida por um gerador e um moderno sistema de transmissão de eletricidade, instalados recentemente pelo governo. “A luz trouxe grandes benefícios para todos daqui”, reconhece o cacique.

O visitante também logo vê a Casa de Produção e Cultura da Mulher Indígena, construída pelo governo para promover a inclusão socioeconômica das índias, apoiando a produção dos belos e exóticos artesanatos que elas. “Com a venda dos artesanatos, as mulheres daqui já geram renda superior a R$ 300 mil por ano”, informa Biraci.

Gerador que leva luz elétrica para toda a aldeia (Foto: Romerito Aquino)

Gerador que leva luz elétrica para toda a aldeia (Foto: Romerito Aquino)

Mais adiante, quem visita a aldeia se depara com um conjunto de ocas modernas construídas também construídas pelo governo, que formam as salas de aula onde 30 professores são pagos pelo estado para ensinar o primeiro e segundo grau, além do ensino médio para os índios. Ali, também, os professores e alunos usam a internet por satélite para ajudar a melhorar a qualidade do ensino.

Marcenaria fará móveis e casas com árvores caídas no rio Gregório 

O complexo escolar dos Yawanawá tem se transformado em posto de saúde pelos médicos de várias especialidades que o programa Saúde Itinerante manda periodicamente à aldeia para consultar e medicar os doentes. “O governador Tião Viana trouxe agora a secretária de Saúde, Suely Melo, para a gente acertar a construção do nosso posto de saúde”, informa o cacique.

Açude e complexo escolar da aldeia (Foto: Romerito Aquino)

Açude e complexo escolar da aldeia (Foto: Romerito Aquino)

Ele lembra que, em dois anos, os Yawanawá vão contar com os cuidados de uma filha e um sobrinho que estão se formando em medicina, respectivamente, em Cuba e na Universidade de Brasília (UnB), na capital federal.

Ao lado do complexo da escola, o governo Tião Viana também construiu quatro açudes para ampliar a produção de peixe dos índios, que já dispõem dos peixes do rio Gregório e da caça farta.  Além de construir os açudes, o governo repassou os alevinos e a ração para criá-los. A pedido dos índios, Tião Viana irá ajudar a limpar um grande lago existente na terra indígena para os Yawanawá criarem muitos pirarucus.

Tião Viana, César Messias e Jorge Viana chegam para o II Festival Yawa (Foto: Sérgio Vale)

Tião Viana, César Messias e Jorge Viana chegam para o II Festival Yawa (Foto: Sérgio Vale)

Nas aldeias, os Yawanawá usam açudes para criar mais de cinco mil tracajás que irão repovoar o rio Gregório, onde já foram soltos três mil desses animais. Também com a ajuda do governo, os índios fomentam roçados de milho, mandioca e batata, que se juntam à banana, ao abacaxi, ao abacate e outras frutas para completar a alimentação. “Se nós mantivermos o equilíbrio sustentável de nossa floresta e da nossa produção de peixe, de caça, de milho, de mandioca, de batata e de frutas, daqui a cem anos não vamos ter mais problemas de alimentação”, assinala Biraci.

Moderna marcenaria para produzir móveis e casas (Foto: Romerito Aquino)

Moderna marcenaria para produzir móveis e casas (Foto: Romerito Aquino)

As ações do governo se completam na aldeia dos Yawanawá com a criação de abelhas sem ferrão e com a construção do refeitório comunitário, das pousadas que hospedam os visitantes e da Arena de Festa, onde os índios fazem seus rituais de canto e dança e suas reuniões espirituais.

A última grande ação do governo se deu no último Festival Yawa, onde Tião Viana e Jorge Viana descerraram a placa de inauguração da moderna marcenaria onde 30 índios irão produzir móveis, tábuas e outras peças de casas com a madeira de centenas de árvores que caem todos os anos no rio Gregório com as cheias do inverno amazônico. Além disso, os índios irão reflorestar a sua terra com palmeiras de paxiúba e de cocão para a produção de pisos, paredes e tetos de casas, substituindo o uso das chamadas madeiras de lei.

Arena onde ocorrem as festas e rituais espirituais (Foto: Sérgio Vale)

Arena onde ocorrem as festas e rituais espirituais (Foto: Sérgio Vale)

A renda do povo Yawanawá é complementada com os recursos arrecadados anualmente no Festival Yawa e nos encontros de pequenos grupos de nacionais e estrangeiros que visitam periodicamente a terra indígena para participar de seus cantos, danças e rituais espirituais. A maioria dos pais de família também dispõe de recursos do programa Bolsa Família, com os mais velhos também ganhando aposentadorias pelo Funrural.

“Somos muito gratos por todas essas ações do governo federal e dos governos da Frente Popular, que nos ajudaram a chegar à fase de finalização da nossa autonomia econômica, que será alcançada até o final do próximo ano”, completa o cacique Biraci Brasil.

Investimentos em terras indígenas já chegam a R$ 50 milhões 

Cacique Biraci Brasil (Foto: Sérgio Vale)

Cacique Biraci Brasil (Foto: Sérgio Vale)

O porfólio de investimentos da gestão Tião Viana nas terras indígenas do Acre, de autoria da Assessoria Indígena do Estado, indica que, com o apoio decisivo do governo Dilma Rousseff, os investimentos do governo estadual nos últimos três anos remontam a mais de R$ 50 milhões.

São ações que começam com o fortalecimento da produção sustentável, de inclusão produtiva para as mulheres e do turismo de base comunitária, como é o caso do Festival Yawa. Também fornece assistência técnica e financeira para melhorar a produtividade agroflorestal e a sua qualidade de vida. Na área de proteção florestal, são realizadas oficinas de capacitação em vigilância e fiscalização e estruturação de postos de vigilância.

As ações continuam com a construção de casas nas aldeias que dispõem de água tratada e esgotamento sanitário com o fim de melhorar a saúde da população. Também está sendo construída a agroindústria de polpa de frutas no centro Yorenka Âtame, dos índios Ashaninka, em Marechal Thaumaturgo.

Com apoio do Banco Mundial, BNDES e ministérios, estão sendo construídas 71 novas escolas com acompanhamento pedagógico ao trabalho de professores e alunos e sendo enviados profissionais do programa Mais Médicos para os distritos indígenas do estado, que também são atendidos, periodicamente, pelo programa estadual do Saúde Itinerante.

Saúde Itinerante leva médicos periodicamente na aldeia (Foto: Romerito Aquino)

Saúde Itinerante leva médicos periodicamente na aldeia (Foto: Romerito Aquino)

Além disso, o governo ajuda no transporte da produção, no pelotão florestal para fiscalização das terras indígenas, concede apoio com combustíveis, alimentos e ferramentas, construção de açudes e mantém ramais de acesso às terras indígenas. As ações se completam com execução de etnozoneamento e plano de gestão em oito terras indígenas, construção de 69 mapas temáticos e plano de gestão e cursos de informáticas básica e avançada e de associativismo, entre outras ações.

Refeitório comunitário para atender os turistas e índios (Foto: Romerito Aquino)

Refeitório comunitário para atender os turistas e índios (Foto: Romerito Aquino)

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