Tecnologia consolida produção de farinha em polo de Xapuri

O processo de produção de farinha, goma e tucupi emprega diretamente oito pessoas na casa de farinha (Foto: Leônidas Badaró)
Processo de produção de farinha, goma e tucupi emprega diretamente oito pessoas na casa de farinha (Foto: Leônidas Badaró)

Produtores do Polo da Borracha, na zona rural de Xapuri vivem nova realidade depois que apostaram na produção de mandioca para fabricação de farinha.

A história se inicia com a visão empreendedora de um pequeno produtor da região. Raimundo Nonato percebeu que a maior parte da farinha consumida em Xapuri vinha de outros municípios.

Com a ajuda do governo do Estado, fez um financiamento para construir a primeira casa de farinha. Depois, formou um grupo de produtores para investir no plantio de mandioca.

A aposta deu resultado: atualmente, quase toda a farinha consumida em Xapuri sai do Polo da Borracha. A produção já chega a cinco mil quilos por mês.

Outra fonte de renda vem da venda de três mil quilos de goma e dois mil litros de tucupi mensais.

São cerca de 20 produtores como Paulino Cândido que fornecem a mandioca para a casa de farinha (Foto: Leônidas Badaró)
São cerca de 20 produtores, como Paulino Cândido, que fornecem a mandioca para a casa de farinha (Foto: Leônidas Badaró)

Com a diversificação da produção, o faturamento da casa de farinha é superior a R$ 30 mil por mês.

São 20 produtores, que fornecem a mandioca para a fabricação da farinha, da goma e do tucupi.

Um deles é Paulino Cândido, que plantou quatro hectares – cerca de 40 mil pés de mandioca. Como cada pé é adquirido pela casa de farinha ao preço de R$ 1,50, a renda prevista será de R$ 60 mil. “Não existe outra cultura aqui que possa render tanto dinheiro quanto a mandioca. A terra é muito produtiva”, explica Cândido.

Equipamentos que modernizam casa de farinha entram em teste

Com a experiência de sucesso, o governo do Estado quer transformar a região em um polo modelo de produção de farinha na região do Alto Acre.

O apoio, já existente com a cessão de tratores para mecanização e equipamentos como plantadeira, vai ser ampliado.

Por meio de uma parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), estão sendo investidos cerca de R$ 100 mil na modernização da casa de farinha.

Um forno automático, um equipamento que lava e descasca a mandioca, uma prensa hidráulica e um catitu elétrico estão em teste e vão fazer com que a capacidade de produção chegue a 24 mil quilos de farinha por mês.

“Aqui é um exemplo que queremos multiplicar para todo o estado, onde se completam produção, industrialização e comercialização”, destaca Fernando Melo, secretário adjunto de Estado de Agricultura.

Fernando Melo, Seap, e Lourival Marques, Seaprof, fizeram uma visita à casa de farinha e conferiram os testes dos novos equipamentos (Foto: Leônidas Badaró)
Melo e Marques fizeram uma visita à casa de farinha e conferiram os testes dos novos equipamentos (Foto: Leônidas Badaró)

Lourival Marques, gestor da Seaprof, lembra que a produção envolve dezenas de produtores familiares.

“Esta parceria traz resultados. A Seap trouxe novos equipamentos que estão em testes, e nós estamos trazendo apoio para mecanização das áreas, para que eles possam ampliar sua área produtiva”, reforça.

Raimundo Nonato celebra a parceria e sonha com mais produção e mais produtores envolvidos. “A parceria do governo é muito importante. Desde que comecei, tenho contado com essa ajuda. Temos mercado para produzir ainda mais e comprar a produção de mais agricultores aqui do polo e de outras regiões de Xapuri.”

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