Os alunos do Centro de Referência da Regional III, no bairro Apolônio Sales, receberam os certificados de conclusão das oficinas de Macramé e Iniciação ao Teatro, que aconteceram no espaço, de maio a julho deste ano. Participaram da solenidade de entrega, na última quarta-feira, 23, o presidente da Fundação Elias Mansour, Daniel Zen, a chefe do Departamento de Apoio às Artes, Carol Di Deus, os professores Maria Matos, artesã, e Paulo Nascimento, ator, e convidados.
Daniel Zen fortaleceu a importância da realização das oficinas e do trabalho continuado do projeto de formação que vem sendo desenvolvido no Centro pelo Governo do Estado, através da Fundação Elias Mansour.
“É muito importante que a comunidade se envolva na realização desses trabalhos, principalmente porque, além de capacitá-las, garante uma fonte de renda. Esperamos que haja continuação dos trabalhos aqui desenvolvidos” frisa ele.
Na oficina de macramé, as alunas aprenderam a arte de tecer variadas peças agregando valor aos produtos criados pelas futuras artesãs. “O objetivo maior era que as mulheres aprendessem um ofício que gerasse renda ou que apenas servisse para ocupar o tempo ocioso, algo que pudesse levantar a auto-estima, através da valorização do próprio trabalho” explica Maria Matos, ministrante da oficina de macramé. “Além disso, todas elas se tornarão multiplicadoras dessa arte, passando à frente as técnicas aprendidas e profissionalizando um maior número de pessoas”, finaliza a professora.
{xtypo_quote_right}É muito importante que a comunidade se envolva na realização desses trabalhos, principalmente porque, além de capacitá-las, garante uma fonte de renda.{/xtypo_quote_right}A oficina contou com a participação de cerca de 40 mulheres, que se interessaram pela arte do macramé, ofício desconhecido por muitas das alunas. O macramê é uma técnica de tecer fios que não utiliza nenhum tipo de maquinário ou ferramenta, somente as mãos.
“Ouvi falar pela primeira vez do macramé na própria oficina. O que mais me chamou atenção foi a beleza das peças e também a vontade de aprender algo, já que eu nunca tinha feito nenhum curso antes”, comenta Jorjonete do Nascimento, moradora do Apolônio Sales.
“Esse é um bairro carente de atividades e por isso a oficina chamou tanto a nossa atenção. Além de ser próximo de casa, é algo novo, que nos traz diversas oportunidades de trabalho” ressalta Dalzira Santos Costa, também moradora do bairro. Para que haja uma nova temporada da oficina, as peças produzidas estão sendo vendidas como alternativa de sustentabilidade.
Teatro
A oficina de Iniciação ao Teatro ministrada pelo ator Paulo Nascimento que, inicialmente, esperava trabalhar com o público adolescente, surpreendeu pela participação das crianças que abraçaram a idéia. O trabalho contou com a presença de 25 alunos.
O conteúdo oferecido envolveu técnicas como a história do teatro, para que as crianças tivessem todo o suporte na hora de entrar em cena. “A metodologia usada abrangeu alguns tópicos básicos como a história do teatro, a história do teatro no Acre, expressão corporal, preparo vocal e leitura de texto”, explicou o professor.
Lorrana Silva de Oliveira, uma das alunas, ao falar da oficina já demonstra que o resultado foi atingido. Com muita desenvoltura, ela conta que a experiência lhe acendeu a vontade de se inscrever em um grupo de teatro. “Esse foi o primeiro curso que eu participei e a primeira vez em que eu atuei. Agora quero mais e vou procurar me aperfeiçoar,” diz a aluna vibrando com a possibilidade de participar de mais uma oficina.
“Minha mãe veio para a oficina de macramé e a coordenadora contou que tinha esse curso e então ela me inscreveu. A experiência foi muito legal, mas o nervosismo também toma conta da gente na hora”.