Produtos e políticas acreanas estão em afinidade com articulação nacional
Encerra-se hoje a 1ª Oficina de Restauração de Paisagens Florestais, atividade realizada pelo Governo do Estado, em parceria com a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e a International Tropical Timber Organization (ITTO).
A oficina tem por objetivo unir a Política de Valorização do Ativo com os princípios e práticas de restauração de paisagens florestais, mobilizando pesquisadores, representantes dos setores produtivos familiares e patronais, além de técnicos de organizações governamentais e não-governamentais do Acre e de outros Estados, a fim de definir caminhos para implementar essa prática no Acre.
"Paisagem não é apenas o aspecto visual de um local. Ela é o resultado material de todos os processos naturais e sociais que ocorrem em um determinado espaço. Por isso, reestabelecer a paisagem não é recuperar a floresta original, mas reconstrui-la", define Eduardo Mansour, representante do ITTO.
Assim, o debate sobre restauração de paisagem pretende delinear ações participativas que ajudem a restaurar ecossistemas de um território e gerar benefícios econômicos, sociais e ambientais. Fortalece principalmente o desenvolvimento rural, porque diferentes níveis de degradação pedem diferentes níveis de intervenção.
A UICN é organização que tem trabalho em vários Estados brasileiros e também fora do país. Ela tem se motivado a gerar uma rede de conhecimento e a partir dela estabelecer estruturas que possam influenciar nas políticas públicas.
A iniciativa de restauração de paisagens já apresenta bons resultados em outros estados, como no Mato Grosso, com a experiência da Rede de Sementes do Xingu. O representante do Instituto Socioambiental, Rodrigo Junqueira, explicou que foi necessário iniciar uma nova prática, porque o Parque Indígena do Xingu, que é uma área preservada, estava sofrendo fortes influências do meio externo, "Meio ambiente é assim: temos que pensar como um todo", explica ele, durante sua troca de experiência.
A afinidade da proposta dessa oficina com a Política de Valorização do Ativo Ambiental é explicada pelo secretário de Meio Ambiente, Eufran Amaral, "Através do Zoneamento Ecológico Econômico temos um conhecimento concreto da paisagem acreana, devido aos monitoramentos que foram realizados em todos municípios e desse conhecimento aliado a programas que visam a manutenção da floresta, do ativo. Então sabemos que podemos potencializar essa perspectiva na Amazônia".
Os produtos acreanos que estiveram em ênfase foram os serviços ambientais e a Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD).
