Taxa de cura para tuberculose no Acre é de 89%

Tosse seca por mais de quatro semanas, febre, mal-estar, perda de peso, falta de apetite e cansaço exagerado são sintomas causados pela tuberculose. Ao perceber esses sinais é importante que a pessoa vá a uma unidade de saúde para ser avaliado por um profissional médico. Apesar de grave, a doença tem cura, se o tratamento for seguido corretamente. No próximo domingo, 17, é comemorado o Dia Nacional de Combate à Tuberculose. A data tem o objetivo de orientar à população sobre a prevenção, o controle e a cura da doença.

De acordo com a coordenadora estadual do Programa de Controle da Tuberculose, Elcenira Farias, o percentual de cura para a doença no Acre está acima do que é preconizado pelo Ministério da Saúde (MS). “Os casos descobertos de tuberculose estão sendo acompanhados. A taxa de cura no Estado é de 89%”, esclareceu.

A tuberculose é uma doença infecciosa causada pelo bacilo de Koch, nome dado em homenagem ao seu descobridor, o bacteriologista alemão Robert Koch, em 1882. Outras espécies de microbactérias (fungus Bacterium), como as Mycobacterium bovis, M. africanum e M. microti, também podem causar a doença, que afeta principalmente os pulmões. Órgãos como os rins, genitais, intestino delgado e ossos também podem ser comprometidos.

A transmissão é direta e acontece de pessoa a pessoa por gotas de saliva contendo o agente infeccioso, sendo maior o risco de transmissão durante contatos prolongados em ambientes fechados e com pouca ventilação.

Pessoas com o organismo frágil, desnutridas e mal alimentadas estão mais propícias a ser infectadas pelo bacilo. Dependendo do sistema imunológico da pessoa, constatam-se situações como eliminação da bactéria, desenvolvimento sem causar a tuberculose ou apresentar-se vários anos após a transmissão.

O tratamento é feito com antibióticos, na maioria das vezes, durante seis meses. É imprescindível que este não seja interrompido – fato que pode ocorrer, principalmente, devido aos efeitos colaterais, tais como enjoos, vômitos, indisposição e mal-estar geral. 

“As medicações são distribuídas gratuitamente pelo sistema único de saúde, através de seus postos municipais de atendimento. Uma das primeiras prevenções é a vacinação. A vacina BCG deve ser administrada em todos os recém-nascidos”, enfatizou Elcenira. 

Controle da tuberculose no Acre 

Dados do Programa Estadual de Controle da Tuberculose apontam que, dos 434 casos previstos para este ano no Acre, apenas 239 foram diagnosticados até o momento, totalizando um percentual de 55% abaixo do esperado. Só no sistema prisional, são 14 novos registros e dois reincidentes.

No ano passado, foram descobertos 389 casos de tuberculose, dos quais 346 novos e 43 reincidentes por abandono do tratamento. No sistema prisional, detectaram-se 35 incidências.

Elcenira também lembrou que o governo do Estado vem intensificando as ações de prevenção e combate à doença. Durante todo o mês de setembro, vários municípios acreanos receberam a visita da equipe estadual de controle à tuberculose, nas quais foram realizados treinamentos aos profissionais que atuam no sistema de informação e aos enfermeiros e técnicos de enfermagem para a realização do teste tuberculínico (PPD).

O Acre vem recebendo, anualmente, certificados do MS pelos diversos avanços e metas atingidas. “No ano de 2007, o Estado foi reconhecido pela elevada taxa de cura de casos novos; no ano de 2010, ganhou duas certificações de alcance de metas, sendo uma de taxa de cura alcançada e outra de encerramento de casos novos informados”, disse a coordenadora.

“O reconhecimento comprova, para os gestores e para a população, a responsabilidade e o compromisso que o governo do Estado tem com a qualidade do serviço prestado à população acreana”, finalizou Elcenira

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