Surto de raiva bovina está sob controle em Porto Walter

O surto de raiva de herbívoros, identificado na região de Porto Walter, já está sob controle. A informação foi dada hoje de manhã pelo diretor-presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), Jefferson Cogo, em entrevista coletiva aos meios de comunicação de Cruzeiro do Sul.

 

Segundo Cogo, foi feita cobertura vacinal perifocal atingindo 36 propriedades do entorno do foco principal (Foto: Onofre Brito)

Segundo Cogo, foi feita cobertura vacinal perifocal atingindo 36 propriedades do entorno do foco principal (Foto: Onofre Brito)

Logo que soube do ocorrido em Porto Walter, o Idaf enviou equipe que colheu amostras em três propriedades onde morreram mais de cem cabeças de gado. Com os exames laboratoriais foi identificada a doença, transmitida por morcego hematófago. Em seguida o Idaf tomou as providências de acordo com o regulamento do Ministério da Agricultura.

 

Segundo Cogo, foi feita cobertura vacinal perifocal atingindo 36 propriedades do entorno do foco principal. À margem do rio foi feita vacinação linear, iniciando abaixo do ponto do foco e subindo o rio até ultrapassar o foco. De um total de 2.694 cabeças que devem ser vacinadas, 2.615 já foram imunizadas.

“Hoje está sob controle, mas ainda estamos orientando os produtores que vacinem seus rebanhos. Inclusive tem que fazer a vacina de reforço em 30 dias”, disse. O Idaf enviou equipe de vacinadores e a prefeitura municipal de Porto Walter também colocou agentes à disposição.

Melhor prevenir que remediar

Embora o foco tenha surgido em Porto Walter, o Idaf está alertando os produtores de todo o Vale do Juruá para que vacinem seus rebanhos contra a raiva. “Com um animal abatido e vendido, o produtor consegue fazer o saneamento da propriedade toda, todas as vacinas, todas as prevenções. É melhor prevenir que remediar.”

A vacina contra a raiva não é obrigatória, como a aftosa, que tem duas campanhas anuais. O produtor adere à vacinação por conta própria. A brucelose a partir deste ano também tem vacinação obrigatória. Cogo recomenda que os produtores sejam previdentes e vacinem também contra o carbúnculo, cuja vacinação não é compulsória.

“Por não ser obrigatória, às vezes o produtor deixa de vacinar, mas estamos fazendo um trabalho de orientação para que todos sejam previdentes, vacinem e fujam dos prejuízos.” Em Porto Walter, o Idaf promoveu encontros com palestras para produtores, que chegaram a ter 40 participantes. Cogo orienta os produtores que aproveitem as duas campanhas anuais de vacinação contra a aftosa para realizar todas as vacinas.

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