“Sou a favor de manifestações democráticas”, diz governador em entrevista

"O movimento é legítimo e o nosso povo é ordeiro. As pessoas precisam ter a liberdade de se manifestar, de se expressar”, disse o governador (Foto: Sérgio Vale/Secom)

“O movimento é legítimo e o nosso povo é ordeiro. As pessoas precisam ter a liberdade de se manifestar, de se expressar”, disse o governador (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Em entrevista a um programa de televisão local o governador Tião Viana lembrou de sua trajetória no movimento estudantil e disse que estamos vivendo um fantástico momento na democracia brasileira. “Na década de 1980 eu puxei manifestação pela Educação com cinco mil estudantes. Eu apoio o movimento. Vivemos um fantástico momento da história da democracia brasileira. Estamos entrando num novo tempo e agora as coisas acontecem em outro ritmo, próprias deste tempo. As pessoas precisam ter o direito de se manifestar”.

A entrevista que durou três blocos abordou temas que vão desde as manifestações que tem ocorrido no país e também no Acre, a política. As obras da Cidade do Povo, Ruas do Povo e a luta para não desamparar os 11 mil trabalhadores, que podem ser demitidos por força de sentença judicial também estiveram na pauta da conversa.

Indagado sobre as manifestações no Brasil e o Dia do Basta, que acontece neste sábado no Acre, o governador garantiu que apóia toda manifestação, mas deixou claro que é contra depredação, violência e vandalismo, como vem ocorrendo em alguns estados brasileiros.

“Tem um grupo aqui que quer algo tão bonito, tão válido, que não se pode deixar de lutar por esse ideal. O que não pode acontecer é depredar patrimônio público, porque isso tem um custo que é público também. O movimento é legítimo e o nosso povo é ordeiro. As pessoas precisam ter a liberdade de se manifestar, de se expressar”, disse o governador.

Entre os temas abordados o governador falou sobre as obras da Cidade do Povo – em que a construção das casas foi embargada – Tião Viana explicou que todas as obras de infraestrutura que dependem do governo, como ruas, unidades de saúde, escolas e outros equipamentos públicos, continuam em ritmo normal de trabalho. O que foi paralisado foram às obras das unidades residenciais. “E isso aconteceu por uma informação errada repassada para Brasília, em que informaram que as obras ainda não haviam começado quando já temos paredes erguidas. Tenho certeza que na próxima semana tudo se resolve”, disse.

“É um período de provas ao qual um governante está sujeito. Eu não sou acusado de nada que eu faço. Eu sou acusado pelo trabalho que está sendo feito para o povo", disse Tião Viana (Foto: Sérgio Vale/Secom)

“É um período de provas ao qual um governante está sujeito. Eu não sou acusado de nada que eu faço. Eu sou acusado pelo trabalho que está sendo feito para o povo”, disse Tião Viana (Foto: Sérgio Vale/Secom)

“É um período de provas ao qual um governante está sujeito. Eu não sou acusado de nada que eu faço. Eu sou acusado pelo trabalho que está sendo feito para o povo. A oposição quer parar o que estou fazendo. Esses programas não são para os bacanas, são para os pobres”, disse o governador.

O governador Tião Viana disse que estará ao lado dos servidores do estado até o fim da caminhada. Os servidores que podem ser demitidos do governo por ordem da Justiça, o governador disse que sentença judicial não se discute, mas o governo vai esgotar todos os recursos possíveis para não desamparar estes servidores que dedicaram anos de serviço ao estado.

“Não queremos descumprir ordem da Justiça, mas ser solidário a estas famílias. Não podemos achar que alguma medida constitucional ampara o servidor que ingressou sem concurso público, mas afirmo que estaremos ao lado deles”.

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