Soluções sustentáveis e inclusão de gênero pautam abertura dos debates no 1º Fórum Indígena em Rio Branco

O 1º Fórum Indígena Sobre Mudanças Climáticas e Serviços Ambientais do Estado, iniciado na manhã de terça-feira, 4, em Rio Branco, com a presença do governador Gladson Cameli, expôs, na programação da tarde, dois painéis temáticos: “O papel das florestas e as soluções sustentáveis baseadas na natureza” e “Programas de REDD+ com inclusão de gênero baseados na bioeconomia”.

O evento é uma realização do governo do Estado, por meio do Gabinete do Governador (Gabgov), da Assessoria Especial Indígena e do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC).

“O papel das florestas e as soluções sustentáveis baseadas na natureza” foi tema do primeiro painel do fórum. Fotos: Felipe Freire/Secom

Os debates tiveram a participação de  indígenas representantes do governo do Estado e também de membros das comunidades tradicionais. O primeiro painel foi mediado pela secretária executiva da Comissão Pró-Índio do Acre (CPI/Acre), Vera Olinda Sena, e contou com apontamentos de Eunice Kerexu, do Ministério dos Povos Indígenas (MPI); Joaquim Paulo de Lima Kaxinawa, da Federação dos Povos Huni kuÎ do Estado do Acre (Fephac); Miguel Scarcello, da ONG SOS Amazônia; Walmir Gomes Ribeiro e Ronaldo Polanco Ribeiro, conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE); Paulo César Nukini,  liderança do Povo Nukini; e Elines de Araújo, da Cooperativa de Produtores de Polpa de Frutos Nativos de Mâncio Lima/Acre (Coopfrutos).

No segundo painel foi enfatizada a importância das mulheres indígenas na pauta de mudanças climáticas e da bioeconomia. A assessora especial Indígena do Estado, Francisca Arara, moderou o painel, que contou com as contribuições de Colleen Mary Scanlan Lyons, da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF); Nazaré Macêdo, secretária executiva da Governança do Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais (Sisa) do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC); Edna Shanenawa, da União das Mulheres Indígenas da Amazônia (Umiab); Isnailda de Souza, secretária executiva do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC);  Soleane Manchineri, da Ouvidoria da Defensoria Pública do Brasil e Júlia Yanawa, coordenadora das mulheres artesãs do Povo Yanawa.

“Programas de REDD+ com inclusão de gênero baseados na bioeconomia” foi a segunda temática debatida. Fotos: Felipe Freire/Secom

O debate contou com a interação dos participantes, em especial das mulheres indígenas. O objetivo da temática é fortalecer a capacidade das mulheres indígenas em seus territórios, incentivar a capacitação e o desenvolvimento de habilidades e combater as desigualdades de gênero nas políticas e projetos voltados para a floresta e o clima.

O primeiro painel, “Financiamento de Programas e Projetos para Floresta e Clima”, que deveria abrir os debates, foi transferido para manhã desta quarta-feira, 5. Os demais painéis seguem inalterados, conforme programação.

O fórum

O objetivo do evento é de promover a conscientização da inclusão dos povos indígenas nas discussões sobre as mudanças climáticas, o acesso ao mercado de carbono e a troca de informações referentes aos impactos dos eventos extremos na economia, sociedade e nos recursos naturais do Acre.

O fórum se estende até 7 de julho, no Centro de Convenções da Universidade Federal do Acre (Ufac).

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