No início do último mês, a direção do Instituto Socioeducativo do Acre (ISE) anunciou um novo método de aplicação das medidas. Dois centros socioeducativos foram fechados, e no lugar de um deles, uma escola de tempo integral foi aberta para atender adolescentes em semiliberdade. Os jovens passaram a estudar durante o dia, e à noite retornam às suas casas.
É aí que entra o trabalho da equipe de monitoramento do ISE. Todas as noites, agentes socioeducativos seguem um roteiro de visitas para verificar se os socioeducandos estão em casa a partir das 21 horas. Isso porque os adolescentes devem cumprir algumas regras e, caso quebrem o compromisso, podem sofrer regressão da medida.
Em alguns dias de monitoramento, uma equipe técnica acompanhou todo o trajeto e estudou de perto o desenvolvimento dos socioeducandos em relação às famílias. O que se constatou é que a maioria cumpre fielmente o horário estabelecido pela Justiça para estar em casa.
A equipe enfrenta muitos obstáculos para chegar até as moradias dos jovens – ramais, lama, buracos e tempo limitado, entre outros fatores. Mas se mostram determinados em executar um bom trabalho.
Após as visitas, as informações recolhidas são passadas à equipe técnica, responsável pela elaboração do relatório, que é encaminhado à Corregedoria do ISE e, em seguida, entregue à 1ª Vara da Infância e Juventude da Comarca de Rio Branco, para que a juíza analise o desenvolvimento do adolescente.
De acordo com o presidente do ISE, Henrique Corinto, o trabalho da equipe de monitoramento é indispensável nessa nova fase da socioeducação no Acre. “Além de monitorar a presença dos adolescentes em suas casas, a equipe se aproxima do lar dos jovens, aprende mais sobre o seu relacionamento com a família e depois dá os devidos encaminhamentos para que recebam todo tipo de benefício social necessário, como atendimento de saúde, auxílio-moradia, bolsa-família e outros”, afirma.
