Socioeducandas iniciam a implantação de mais uma horta em Centro Socioeducativo

Participar da cultivação da horta será como uma terapia para as adolescentes, afirma a diretora Lusiélia Nobre (Foto: Antônio Azevedo)

Participar da cultivação da horta será como uma terapia para as adolescentes, afirma a diretora Lusiélia Nobre (Foto: Antônio Azevedo)

O Centro Socioeducativo (CS) Mocinha Magalhães, unidade feminina de Rio Branco, implantou o projeto da construção de uma horta no local. Até o momento, três adolescentes em medida de internação participam ativamente do processo, que tem o objetivo de enriquecer a alimentação das jovens e servir como fonte de renda para arrecadar recursos a futuros projetos pedagógicos e sociais.

O trabalho foi ideia dos acadêmicos do curso de Biologia da Uninorte, que já realizaram atividades semelhantes no Centro de Apoio à Semiliberdade, ao Egresso e Família (Casef). A parceria com o Instituto Socioeducativo do Acre (ISE) já dura seis meses e tem a proposta de se expandir para outras unidades.

O projeto, ainda sem nome na unidade feminina, é dividido em duas etapas: primeiro a teórica, por meio de palestras sobre saúde coletiva, dengue e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s). O objetivo é fazer a prevenção dentro da unidade socioeducativa.

Na segunda etapa, as socioeducandas podem desenvolver o pomar, a horta e o jardim, utilizando conhecimentos adquiridos com a equipe.

No início desta semana, as adolescentes recolheram adubagem em uma chácara para iniciar a horta. A ideia é adotar a prática da permacultura, que é um sistema de design para a criação de ambientes humanos sustentáveis.

De acordo com a diretora do CS Mocinha Magalhães, Lusiélia Nobre, a horta será uma terapia para as socioeducandas. “A atividade entrará na rotina das meninas. A equipe pedagógica já inseriu de alguma forma a prática nas aulas. A ideia é que em breve todas elas possam estar envolvidas”, declara.

Segundo o presidente do ISE, Henrique Corinto, o projeto visa também oportunizar. “Esperamos que por meio desse trabalho, essas adolescentes possam conhecer outra realidade. O projeto é permanente e já  dá novos rumos a forma de fazer socioeducação. Uma ação tão simples pode fazer toda diferença na vida de quem é privado de liberdade”, afirma.

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