I Fórum de Prevenção ao HIV e Uso Indevido de Drogas acontece hoje e amanhã no auditório do Sebrae/Centro
Gestores públicos, profissionais da Saúde e sociedade civil organizada discutem hoje e amanhã o que está sendo feito para cumprir a política da Ungass, pacto firmado pelas Nações Unidas do qual o Brasil é signatário. O 1º Fórum de Prevenção ao HIV e Uso indevido de Drogas acontece no auditório do Sebrae e tem como tema "A Sociedade Civil Construindo sua História".
Segundo um dos organizadores do evento, Antônio Balica, da Associação dos Parentes e Amigos dos Dependentes Químicos (Apadeq), o objetivo do evento é fortalecer as discussões com os gestores governamentais, profissionais e sociedade civil que trabalham com o enfrentamento às DST/HIV/AIDS.
“Queremos definir a ampliação e interiorização da discussão da Ungass no Estado, através das políticas públicas para o monitoramento das metas firmadas na Declaração de Compromisso das Nações Unidas sobre HIV/AIDS, adotados pelo Brasil”, disse.
Um dos fatores que vem preocupando gestores públicos e organizações sociais é o crescimento do número de casos de Aids entre mulheres. Em todo o mundo, são 17,3 milhões de mulheres infectadas, o que representa 50% do total de casos. No Acre, os primeiros casos da doença foram registrados em 1987. A primeira mulher acreana a contrair o vírus foi infectada um ano depois. “Hoje temos 226 casos registrados e não trabalhamos mais com o conceito de grupos de risco. Qualquer pessoa que não tenha um comportamento adequado está suscetível ao vírus. O que chama atenção é que na faixa etária entre 15 e 19 anos temos dez casos, e a proporção já está de 1,5 mulher para cada homem”, disse a coordenadora estadual de DST/AIDS, Francimary Muniz.
Sobre a Ungass – Em junho de 2001, cerca de 20 anos após o registro do primeiro caso de Aids, foi realizada uma Sessão Extraordinária da Assembléia Geral das Nações Unidas sobre HIV e Aids, em Nova York (Ungass HIV/AIDS). Do encontro resultou a elaboração da Declaração de Compromisso sobre HIV/AIDS, um documento que reflete o consenso entre 189 países, incluindo o Brasil. A declaração reconhece as desigualdades econômicas raciais, étnicas, de gerações e gênero, entre outras, como fatores potencializadores da vulnerabilidade que favorece a infecção.
O fórum foi organizado pelas Ongs Agá e Vida e Apadeq.
