Sindoac afirma que olarias têm autorização para trabalhar

Presidente da entidade rebate denúncia publicada em jornal local e afirma que preço do tijolo estava há mais de um ano sem reajuste

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Preço do tijolo no Acre ainda é um dos mais baratos da região norte (Foto: Assessoria Fieac)

Diferentemente do que alegou um dito empresário do ramo cerâmico para um jornal local no último dia 28, as olarias regularizadas do Estado estão longe de uma crise por falta de matéria-prima. De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Olaria do Estado do Acre (Sindoac), Aristides Formighieri Júnior, "não há fundamento algum no que foi divulgado na referida reportagem". Ele acrescenta que o autor da "denúncia" é um arrendatário e não um empresário do ramo.

Segundo a matéria, o preço do tijolo teria subido 8% em virtude da falta de lenha e argila, esta última devido à intensificação das fiscalizações realizadas pelo Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) nos barreiros acreanos. No entanto, Júnior rebate a afirmação dizendo que o tijolo produzido no Acre não sofria reajuste há mais de um ano.

"A elevação do preço se deu por este motivo – porque os custos de energia elétrica, lenha e mão-de-obra também aumentaram -, e não por falta de insumos. Mesmo com este reajuste, o preço praticado no Acre ainda é um dos menores da Região Norte. Enquanto aqui está custando R$ 380, no Amazonas está sendo cobrado R$ 450 e, em Rondônia, R$ 400", justificou.

Além disso, configura-se em inverdade a acusação de que o Imac estaria prejudicando o setor com intensas fiscalizações uma vez que o órgão entrou em acordo com o Sindoac há 90 dias, liberando as empresas regularizadas a fazer a retirada de material nos barreiros. De acordo com o presidente do Sindoac, as empresas que se dizem prejudicadas são irregulares – portanto, alvo das sanções do órgão.

Grupo de Trabalho – "Montamos um grupo de trabalho no fim do mês de maio com o Imac, a Semeia (Secretaria Municipal de Meio Ambiente), a Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente) e o Crea (Conselho Regional de Engenharia) para que os trabalhos do nosso setor fossem viabilizados da melhor maneira possível e é o que vem acontecendo", garantiu.

Nesta quinta-feira, 2, ele revelou que haverá uma reunião extraordinária na Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC) com empresários do setor para debater sobre os insumos das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que estão previstas para o Estado.  "Vamos tratar sobre a demanda que temos e o assunto ‘tijolo’ também estará na pauta", informou Júnior.

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