Setul realiza encontro sobre etnoturismo

A Secretaria de Turismo e Lazer (Setul) realizou esta semana o primeiro encontro do Grupo de Trabalho de Etnoturismo (Foto: Diego Gurgel/Setul)
A Secretaria de Turismo e Lazer (Setul) realizou esta semana o primeiro encontro do Grupo de Trabalho de Etnoturismo (Foto: Diego Gurgel/Setul)
A Secretaria de Turismo e Lazer (Setul) realizou esta semana o primeiro encontro do Grupo de Trabalho de Etnoturismo (Foto: Diego Gurgel/Setul)

A Secretaria de Turismo e Lazer (Setul) realizou esta semana o primeiro encontro do Grupo de Trabalho de Etnoturismo (Foto: Diego Gurgel/Setul)

A Secretaria de Turismo e Lazer (Setul) realizou esta semana o primeiro encontro do Grupo de Trabalho de Etnoturismo após o II Festival Xinã Bena do povo Hunî Kuî, que aconteceu na Aldeia Lago Lindo, no Rio Jordão, entre os dias 15 e 21 de maio deste ano.

Na oportunidade, os representantes de cada instituição que compõe o Grupo de Trabalho fizeram uma avaliação sobre o festival e os resultados conquistados depois da oficina ministrada com os indígenas daquela região.

O Grupo de Trabalho de Etnoturismo é coordenado pela Setul e pela Assessoria Especial dos Povos Indígenas, com o apoio da FEM, Funai, Sema, IDM, Sebrae, lideranças dos povos indígenas e também a Secretaria de Políticas para as Mulheres que recentemente compõe o arranjo institucional do GT.

Para a secretária da SEPmulheres, Concita Maia, a iniciativa da Setul em convidar a instituição para compor o GT foi “um casamento perfeito”, uma vez que a secretaria já executa ações junto às mulheres indígenas. Segundo ela, ligar o turismo com os interesses indígenas, e tendo as lideranças presentes às reuniões, é de extrema importância.

“A Secretaria de Turismo e Lazer está de parabéns por iniciar este estudo junto aos parceiros e ter convidado a SEPmulheres para contribuir nesse processo. A participação direta dos indígenas nas rodas de estudos é um diferencial, não deixando apenas as instituições tomarem a frente, mas ouvindo as lideranças, principais personagens do desenvolvimento do etnotuarismo”, ressaltou Concita.

A oficina, ministrada para aproximadamente 100 indígenas dos povos Hunî Kuî, teve a finalidade de prepará-los e qualificá-los para receber os turistas e contou com a iniciativa da Fundação Elias Mansour (FEM) em trazer uma consultoria especializada em capacitação de povos indígenas, dando oficinas de etnoturismo antes do festival.

Na reunião, representantes dos povos Hunî Kuî fizeram uma demonstração do que aprenderam nas oficinas e de que forma aplicaram os conhecimentos durante o festival, apresentando até cartazes bilíngues para orientação dos turistas montado por eles na aldeia.

Povo Hunî Kuî autossustentável

Para o assessor dos Povos Indígenas, Zezinho Yube Kaxinawá, toda essa avaliação norteia os próximos passos para os próximos festivais. “A partir de agora temos uma direção para os próximos passos de planejamento do GT, e o festival pela primeira vez foi autossustentável, tanto ambiental quanto financeiramente”, explica o assessor.

Um dos objetivos dos festivais indígenas, além de resgatar suas tradições e apresentá-las aos visitante, é também gerar renda durante os dias dos festivais para o próprio povo Hunî Kuî, tornando o evento sólido, progressivo e sustentável.

O representante do povo Hunî Kuî, José Osair Sales, ressaltou o sucesso da segunda edição do festival, da organização e do apoio do governo na infraestrutura e busca de recursos para que o festival se consolide a cada ano. “Nós, do povo Hunî Kuî, ficamos muito felizes, não somente pelo apoio do governo e dos parceiros, mas também de termos o governador presente ao festival juntamente com a secretária de Turismo, Ilmara Lima, e ver de perto como os esforços empreendidos valeram a pena”, afirma.

Próximos passos do Grupo de Trabalho

De maneira geral, a regulamentação do etnoturismo no Brasil deu mais um passo desenvolvendo o turismo socioambiental cultural, uma vez que as iniciativas do GT se tornaram um “projeto piloto” para a Funai, que espera regulamentar o setor até 2015, onde já foram licitados obras de infraestrutura e também um programa de capacitação e estudo de impactos ambientais e culturais.

Além dessas etapas conquistadas, o GT está  viabilizando um estudo jurídico para que a regulamentação propriamente dita aconteça de maneira célere.

Após esse processo, os representantes do GT farão um acompanhamento dessas obras e capacitações e a preparação para o I Seminário de Etnoturismo do Acre, que vai acontecer no segundo semestre deste ano.

A secretária de Turismo e Lazer, Ilmara Lima, comemora os primeiros resultados visíveis das ações do GT, tendo o povo Hunî Kuî como os primeiros a passarem pelas capacitações e qualificações. “A partir de agora estamos mais próximos, tanto do desenvolvimento do etnoturismo do Estado quanto contribuindo para os estudos na área em âmbito nacional”, destacou.

Ilmara também agradeceu a participação de todos os parceiros envolvidos no processo. “Nós, da Setul e da Assessoria dos Povos indígenas, só conseguimos êxito nas primeiras ações do GT graças à união com as lideranças indígenas e graças à importante contribuição de todos os parceiros como FEM, Sebrae, IDM, Sema e SEPmulheres. Contudo, o Estado já é referência na regulamentação do turismo em terras indígenas.”

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