A ação faz parte de um amplo processo de humanização que o Governo vem implantando nos órgãos públicos
Uma equipe de 15 servidores da Secretaria de Educação e Esporte (SEE), que trabalha nos setores de atendimento ao público e no protocolo iniciou nesta semana um Curso de Libras. O motivo? Se qualificar para oferecer aos cidadãos surdos que procuram os serviços da SEE, um atendimento mais adequado. A ação faz parte de um amplo processo de humanização que o Governo do Estado vem implantando nos órgãos públicos da rede estadual através da Secretaria de Gestão Administrativa.
Diariamente, uma média de setenta pessoas procuram o setor de atendimento da Secretaria, entre elas, o público surdo, que se comunica através da língua de sinais. “Estamos aprimorando nossos conhecimentos e nos capacitando para receber bem e dar um atendimento humanizado”, diz Solange Vidal, aluna do curso e diretora de logística da SEE. Segundo Solange, a equipe está tão entusiasmada, que até ficam praticando quando não há pessoas sendo atendidas.
O curso de línguas de sinais, que terá duração de dois meses e meio, está sendo ministrado por professores do Centro de Apoio ao Surdo – CAS/AC, com o apoio da Diretoria de Inovação da SEE, responsável em fomentar os programas de humanização. As aulas acontecem na própria Secretaria, numa sala criada exclusivamente para promoção de cursos e recreação dos funcionários.
Durante o curso, os servidores vão poder ampliar os conhecimentos sobre a importância da LIBRAS, na vivência da pessoa surda, de modo que seja valorizada e respeitada a comunicação entre pessoas surdas e ouvintes, oportunizando o ensino-aprendizagem, bem como, as diferenças linguísticas e sua singularidade, além de promover a inclusão social.
As Línguas de Sinais (Libras) são os idiomas naturais das pessoas surdas, e ao contrário do que muitos imaginam, não são simplesmente mímicas e gestos soltos, utilizados pelos surdos para facilitar a comunicação. São línguas com estruturas gramaticais próprias. A Libras, como qualquer outra língua, também possui expressões que diferem de região para região (os regionalismos), o que a legitima ainda mais como língua.