Doação de medula óssea: você é compatível?

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Acre (Hemoacre) realiza nesta quinta-feira, 15, uma palestra sobre medula óssea, bem como o cadastro de pessoas que se dispuserem fazer coleta de amostra para a realização de exame HLA (histocompatibilidade). A ação terá início às 15 horas, no auditório do próprio Hemoacre.

O evento será ministrado pelo médico do hemocentro Denis Fujimoto e tem como objetivo tirar dúvidas acerca da doação de medula óssea e também estimular a população a se cadastrar de modo consciente. O cadastro é nacional e o banco de dados é administrado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Marlice Aquino, gerente de captação do Hemoacre, explica que a chance de encontrar um doador compatível é de um em um milhão entre pessoas de uma mesma população. Por isso, há necessidade de um número maior de cadastrados. “É importante que todos saibam, não somente os procedimentos relacionados à medula óssea, mas, também, a importância de se tornar um doador. Quanto maior o número de pessoas cadastradas, maiores as chances dos pacientes”, disse.

O que é a doação de medula óssea?

A medula óssea é formada por um tecido gorduroso no qual são fabricados os elementos figurados do sangue: hemácias ou glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. No entanto, ela pode entrar em falência e não ser mais capaz de produzir as células do sangue ou pode ser destruída completamente durante o tratamento de determinados tipos de câncer, que exigem altas doses de medicamentos quimioterápicos e/ou de radioterapia. Em situações como essas, o transplante de medula óssea pode ser a única maneira de salvar muitas vidas.

Diferente dos transplantes de coração e pulmão, a doação de medula óssea não precisa de cirurgia, apesar de o procedimento ser feito em centro cirúrgico, o médico só remove, com uma seringa, a parte da medula óssea alojada na cavidade interna de vários ossos. A medula óssea é então doada intravenosamente ao paciente receptor, como em uma transfusão de sangue. Em pouco tempo, o doador terá recomposto, completamente, a medula óssea e, se quiser, estará apto para uma nova doação.

Como se tornar um doador

Ter entre 18 e 54 anos, boa saúde e não apresentar doenças, como as infecciosas ou as hematológicas, por exemplo. Apresentar documento oficial de identidade, com foto. Preencher os formulários: ficha de identificação do candidato e termo de consentimento. E colher uma amostra de sangue para testes, para fazer o exame HLA, que irá determinar as características genéticas necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente.

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