Sesacre pactua para distribuição de DIU’s nas maternidades da capital

De janeiro a dezembro de 2017 foram registrados só na Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco, 5.534 partos. No mesmo período, o Hospital Santa Juliana contabilizou 2.885 partos. Deste total de partos realizados ano passado nas maternidades da capital, 55% não foram planejados, segundo levantamento realizado com as próprias mães.

Um dado ainda mais preocupante para a saúde pública é a porcentagem de gravidez não desejada entre o público adolescente. Dos mais de 1,7 mil  partos registrados em 2017, 80% não faziam parte dos planos dessas jovens ser tornarem mães, que por falta de orientação ou descuido, acabaram engravidando.

DIU de cobre pode ser usado durante 10 anos (foto: Leônidas Badaró)

De olho nesses indicadores e como forma de ampliar a oferta das opções contraceptivas que já estão disponíveis na atenção básica, por meio do Planejamento Familiar, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) pactuou na manhã desta quinta-feira, 10, a implantação da inserção do DIU de cobre no pós-parto e pós-abortamento imediato na Maternidade Bárbara Heliodora (MBH) e Hospital Santa Juliana.

“Uma política já disponibilizada há algum tempo pelo Ministério da Saúde e a Sesacre tem diversas ações e iniciativas que visam o fortalecimento e a oferta, a conscientização e disponibilização para as mulheres que optam por essa decisão como método contraceptivo, que é totalmente seguro, de longa duração e sem grandes efeitos adversos”, destaca o secretário adjunto de Atenção à Saúde, Raicri Barros.

A estratégia, segundo os gestores da MBH, apresentada durante reunião com as equipes técnicas da Sesacre é referenciar o fluxo inicialmente nas maternidades da capital, antes de iniciar a oferta do DIU de cobre no pós-parto e pós-abortamento para as demais maternidades do estado. O Hospital Raimundo Chaar, em Brasileia, já realiza a inserção do DIU nessas situações.

“A importância desse projeto é ampliar essa oferta para as mulheres que desejam usar o DIU no pós-parto e pós-aborto. Uma nova proposta do Ministério da Saúde, sendo a maternidade de Basiléia a ser a primeira unidade a implantar esse serviço, pois a médica de lá participou do treinamento em São Paulo. Recentemente, os profissionais da Maternidade Bárbara Heliodora também passaram pelo treinamento e o Santa Juliana também vai começar. Nossa estratégia é levar a oferta para as demais maternidades, seguindo para o Juruá”, ressalta Elisama Lima, coordenadora estadual da Rede Cegonha.

A meta da saúde é capacitar 100% das equipes que irão realizar o procedimento e realizar o fluxo da inserção do DIU juntamente com as redes de atenção.

A mulher que optar pela inserção do DIU de cobre no pós-parto ou pós-abortamento tem como garantia a revisão do dispositivo intrauterino durante a realização do exame preventivo do câncer de colo do útero (PCCU), tendo sua primeira consulta vinculada a unidade que fez a inserção após 30 dias com marcação prévia antes da alta. A paciente também receberá uma carteira de acompanhamento.

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