Sesacre divulga informações sobre o estudo da malária no Juruá

O secretário de Estado de Saúde, Osvaldo de Sousa Leal Junior, se pronuncia em nota técnica em relação às informações veiculadas na imprensa, referentes ao uso de agentes de saúde em pesquisas de combate ao anofelino – mosquito transmissor da malária.

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GOVERNO DO ESTADO DO ACRE
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE

 

Nota Técnica da Secretaria de Estado de Saúde do Acre

Com relação às informações veiculadas nos meios de comunicação referentes a pesquisas relacionadas à malária, a Secretaria de Estado de Saúde do Acre tem a esclarecer que:

1. Não realiza pesquisas com “cobaias humanas” e condena o uso desta prática.

2.
A captura de mosquitos transmissores é um procedimento epidemiológico e entomológico de rotina, mundialmente adotado para o controle de vetores.

3.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define o controle seletivo de vetores como parte da estratégia da Vigilância da Malária. Esta prática orienta a utilização de uma ou mais formas de controle, levando-se em conta os riscos de transmissão para definir prioridades de intervenção nas localidades. Entre as ações de rotina amplamente executadas estão o registro das espécies prevalentes do mosquito Anopheles, transmissor da malária, e do seu comportamento.

4. A vigilância entomológica é fundamental na tomada de decisão em relação ao controle vetorial. Somente através do conhecimento das espécies locais envolvidas na transmissão (como sazonalidade, horário de maior incidência, mosquito mais prevalente, hábitos comportamentais) haverá direcionamento eficaz das ações de controle vetorial e vigilância.

5. Os técnicos de entomologia são treinados para obtenção de espécies antropofílicas (insetos) capazes de efetuar transmissão. Define-se como atração humana a técnica de captura do mosquito realizada sem o contato direto com a pele, coletando-o no momento em que pousa, com proteção dada pelo uso de barreiras mecânicas como fardas adequadas e demais equipamentos de proteção individual.

6. A Secretaria de Estado de Saúde capacita os profissionais para atuar na área de vigilância epidemiológica e controle vetorial. São oferecidas aulas teóricas e práticas, com noções sobre entomologia médica, biologia e diagnose de artrópodes vetores; noções sobre o agravo à saúde em estudo, incluindo-se aspectos da doença e do seu tratamento, da prevenção, do ciclo do parasito e dos mecanismos de transmissão; métodos de coleta; riscos concernentes ao trabalho e normas de biossegurança. Desta forma, a técnica de atração humana está restrita aos profissionais devidamente conscientizados, capacitados, treinados para esse fim.

7. O Governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde, reitera o seu compromisso com a população e os profissionais de saúde, refletido na intensificação das ações de controle da malária e na conseqüente redução significativa dos índices que o estado vem alcançando.


Rio Branco – AC, 20 de maio de 2008.


Osvaldo de Sousa Leal Junior

Secretário de Estado de Saúde

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