Servidores recebem orientações para aperfeiçoar métodos de captação de órgãos

Equipe do Acre esteve no Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) e no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, para aperfeiçoar os métodos de captação de órgãos (Foto: cedida)

Equipe do Acre esteve no Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) e no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, para aperfeiçoar os métodos de captação de órgãos (Foto: cedida)

A Organização de Procura de Órgãos (OPO) está em funcionamento nas unidades de saúde, inclusive no Hospital das Clínicas de Rio Branco (HC), há pouco mais de um ano. A OPO tem por finalidade a busca e a melhor conservação dos órgãos doados.

O setor recém-criado está em fase de adaptação, e para aprimorar o trabalho, a equipe tem recebido cursos de capacitação financiados pelo Ministério da Saúde. Recentemente, representantes do grupo estiveram no Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) e no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, para participar de palestras de aperfeiçoamento dos métodos de captação de órgãos.

Segundo a coordenadora da Central de Transplantes do HC, Regiane Ferrari, os cursos são de extrema importância para o setor, pois aprimora e qualifica o profissional que está em contato direto com a doação e a remoção de órgãos e tecidos doados.

O grupo é coordenado pela médica Iris Lima Ferraz, que garante que os cursos são relevantes para a equipe, pois os atualizam desde a legislação até a identificação de potenciais doadores. De acordo com a médica, o contato com a família é um ponto crucial para o êxito na busca pelos órgãos a serem doados.

Atualmente, as cirurgias de transplantes feitas pelo HC de Rio Branco são de córneas e rins, quando não há pacientes no Acre compatíveis ao órgão doado, o material é ofertado a outros estados. Somente em Rio Branco, 120 pessoas já foram beneficiadas com os transplantes.

Lucimar Sampaio é enfermeira e participa da equipe de procura de órgãos. Ela lamenta por encontrar tanto preconceito pela falta de informação sobre o que é a doação de órgãos.

“As dúvidas mais comuns são se o paciente que doará o órgão sofrerá danos fisicamente, se a equipe retirará além do que a família autorizou. Entretanto, isso é ilegal. Somente retiramos o que nos foi autorizado e é mantida a aparência normal do paciente”, explicou a enfermeira.

A enfermeira pede a conscientização da população para uma causa tão nobre que é a doação de órgãos. Ela afirma que é  um verdadeiro gesto de amor e solidariedade, e que qualquer dúvida pode ser esclarecida pela equipe da OPO, no HC de Rio Branco.

Em setembro, será realizada a semana do doador, onde a OPO irá promover uma campanha de esclarecimento, conscientização e promoção de cidadania, junto à população do estado.

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