O governo do Estado tem garantido grandes investimentos na cadeia produtiva do café, já que existem plantios da espécie “conilon” em várias regiões do Acre. Para incentivar esses produtores, a Secretaria de Estado de Pequenos Negócios (SEPN), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vai distribuir mais de 400 mil mudas de café geneticamente melhorado aos produtores acreanos.
Cada produtor deve receber cerca de três mil mudas de café, o suficiente para o plantio de dois hectares. A expectativa é de que, até o fim de 2013, mais de 300 hectares de café sejam plantados. A prioridade é atender quem já trabalha com o café, como os produtores de Brasileia e Manoel Urbano, mas o incentivo deve ser estendido aos demais municípios acreanos.
Michelma Lima, engenheira agrônoma e uma das coordenadoras das atividades no viveiro, falou das etapas pelas quais as sementes passam e como a Embrapa fez a seleção. “Essas sementes são de cafeeiros que produziram acima da média. A experiência foi trazida do Estado de Rondônia, que tem tradição na produção do café “conilon”. Os produtores acreanos colhem cerca de dez sacas por hectare. A expectativa é de que eles passem a colher sete vezes mais grãos”, afirmou.
Para o plantio dessas mudas, a SEPN utiliza a estrutura do Viveiro da Floresta, uma parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens). Foram selecionadas 58 pessoas para trabalhar exclusivamente no processo de plantio 130 quilos de sementes de café e na distribuição das mudas. Todo o processo é acompanhado de perto pelos técnicos e engenheiros da secretaria. As sementes são plantadas no barro vegetal extraído das obras da Cidade do Povo, enriquecido com superfosfato simples, cloreto de potássio e micronutrientes.
O secretário de Pequenos Negócios, José Carlos dos Reis, falou do programa e da expectativa dos produtores com o aumento da capacidade de produção e dos incentivos que o governo do Estado tem dado aos pequenos produtores da cadeia produtiva do café. “Esse trabalho que estamos desenvolvendo em parceria com a Embrapa vai alavancar nossa produção. São 200 mil reais em recursos próprios revertidos em benefício do produtor”, declarou. As mudas estão em processo de crescimento e devem começar a ser distribuídas a partir do mês de novembro, quando tem início o período invernoso na Amazônia.
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