SEPN inicia segunda fase do projeto de incentivo à meliponicultura

Criação de abelhas silvestres anima produtores do estado (Foto: Flaviano Schneider)

Criação de abelhas silvestres anima produtores do Estado (Foto: Flaviano Schneider)

A Secretaria de Pequenos Negócios (SEPN) iniciou a segunda fase do projeto de incentivo à meliponicultura, que é a criação de abelhas silvestres sem ferrão. O produtor rural Engelberto Flach, mais conhecido por “Polaco”, especialista em abelhas silvestres, e o assessor técnico da SEPN, Francisco Lima França, estão percorrendo o Estado ministrando curso sobre a atividade para produtores rurais com o objetivo de formar multiplicadores.

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No ano passado, foi iniciado um projeto piloto no município de Mâncio Lima e no Projeto Santa Luzia, em Cruzeiro do Sul, com três cursos, captura de abelhas e cessão de uma caixa de abelhas por participante. Hoje, alguns dos pioneiros já estão prestes a fazer as primeiras colheitas.

O mel de abelhas silvestres é valorizado e o preço do produto, bem superior ao mel de abelhas apis. A intenção do governo é abrir uma nova atividade econômica florestal sustentável, e alguns produtores começam a se entusiasmar. Embora a cultura de abelhas silvestres exija cuidados especiais, não é trabalhosa como outras atividades na zona rural.

A fase atual do projeto de meliponicultura prevê a formação de 45 multiplicadores no Estado. A ação começou por Brasileia, formando multiplicadores para os municípios do Alto Acre. Nesta semana, o foco é o Vale do Juruá. A Secretaria de Pequenos Negócios aplicou um curso em Porto Walter, atendendo ainda o município de Marechal Thaumaturgo, e outro em Rodrigues Alves, abrangendo ainda os municípios de Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima. Em seguida acontece um curso em Feijó, atendendo também Tarauacá e Jordão. Posteriormente os cursos serão ministrados em Sena Madureira, Plácido de Castro, Porto Acre e Rio Branco, beneficiando, assim, os demais municípios do Estado.

Inicialmente, e como forma de incentivo, o governo vai adquirir o mel produzido através do programa de compras para merenda escolar. Mais à frente, quando a produção estiver consolidada, será estudado um plano de comercialização do produto em outros mercados.

Atividade começa a entusiasmar

Atividade é boa opção de renda e não demanda muito trabalho (Fotos: Flaviano Schneider)
Atividade é boa opção de renda e não demanda muito trabalho (Fotos: Flaviano Schneider)

Atividade é boa opção de renda e não demanda muito trabalho (Fotos: Flaviano Schneider)

José Elson Maia de Macedo é produtor rural em Mâncio Lima e abraçou a ideia de se tornar um multiplicador. “Sou ambientalista e sempre quis trabalhar com atividades sustentáveis. Agradeço ao governador Tião Viana e ao secretário Reis por terem trazido a meliponicultura para nós. O governo é muito abrangente, em todos os setores está sempre introduzindo algo novo.”

O produtor, e agora multiplicador, Carlito Ferreira de Oliveira mora no ramal Mariana 2, onde trabalha com reflorestamento, especialmente com castanheiras. “Esse plano de mexer com abelhas é ótimo e evita desmatamentos, porque a vida das abelhas está na mata”, sustenta.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Rodrigues Alves, Marcos Aurélio de Oliveira Lima, esteve presente ao encerramento do curso e também avaliou positivamente a introdução da meliponicultura na região. Ele conta que a atividade principal da região é a produção de farinha, que remunera pouco o produtor, e o mel será uma opção a mais para melhorar a renda. “Espero que nossos colegas de curso tenham aproveitado bastante para passar aos nossos agricultores. Uma coisa dessas a gente tem que trabalhar com o coração, cuidar bem, assim como se cuida de uma criação de galinhas, de peixe ou outras.”

O produtor rural e curador com plantas da floresta Antônio Francisco dos Santos, o “Francisquim”, disse que gostou do curso e vai entrar na atividade. Recentemente, ele se submeteu a uma cirurgia dos olhos pelo programa Cuidando dos Seus Olhos, e, mostrando os óculos escuros que ainda usa, disse: “Eu ouvia falar muito das ações do governo do Estado, e na verdade agora estou vendo. Eu aposto em atividades como essa, que protegem a floresta”.

O gerente de Produção da Secretaria de Agricultura da prefeitura de Rodrigues Alves, João Menezes, disse que o projeto veio a calhar para seu município, que tem 13 projetos de assentamento e percentualmente uma das maiores populações na zona rural em todo o Estado.

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