SEPN incentiva o cultivo de hortaliças no Alto Acre

Governo aposta da criação de hortas comunitárias para fortalecer a a renda de produtores familiares (Foto: Angela Peres/Secom)

Governo aposta da criação de hortas comunitárias para fortalecer a a renda de produtores familiares (Foto: Angela Peres/Secom)

A Secretaria Estadual de Pequenos Negócios (SEPN) tem atuado diretamente no incentivo aos produtores rurais. Prova disso são os programas atualmente desenvolvidos na cadeia produtiva do mel, café e agora com a venda de hortaliças produzidas pelos moradores do polo agroflorestal Ilson Ribeiro, onde 15 famílias vivem da renda gerada com a comercialização de couve, cheiro-verde, alface, pimenta, jiló, abóbora, tomate e berinjela.

Os produtos são vendidos todos os domingos na feira livre do mercado municipal de Brasileia (Foto: Angela Peres/Secom)

Os produtos são vendidos todos os domingos na feira livre do mercado de Brasileia (Foto: Angela Peres/Secom)

Os produtos são vendidos todos os domingos na feira livre do mercado de Brasileia. José Fraile, 50, é produtor rural e mora no polo há quatro anos. Ele diz que está satisfeito e que pretende aumentar o plantio. “Eu espero que isso continue dando certo. Nós temos o incentivo do governo do Estado e por isso eu vou ampliar em 100% minha produção. Tenho duas estufas e vou construir mais duas. Quero continuar nesses rumos e espero que o governo continue com o programa. Eu vivo disso, eu vivo dessa horta”, disse o agricultor, que adquiriu um pequeno trator recentemente.

O secretário de Pequenos Negócios, José Carlos dos Reis, falou do trabalho que vem sendo desenvolvido pelo núcleo da SEPN em Brasileia com os produtores do alto Acre. “Nosso objetivo é fortalecer a produção local. Eles produzem aqui todos os tipos de verduras e hortaliças e vão começar a produzir também espécies frutíferas”, declarou.

O cultivo não utiliza adubos químicos, o que torna o produto ainda mais competitivo. As hortas são aposta do governo. O Alto Acre já produz café e tem várias iniciativas de pequenos negócios em todas as cidades. “Nós tiramos pessoas de situações precárias e levamos a sua qualidade de vida, garantindo mais conforto para essas famílias”, afirmou Reis.

José Fraile é produtor rural e mora no polo há quatro anos, diz que está satisfeito e que pretende aumentar o plantio (Foto: Angela Peres/Secom)

José Fraile, produtor rural que mora no polo há quatro anos, diz que está satisfeito e pretende aumentar o plantio (Foto: Angela Peres/Secom)

O próximo passo é a aquisição de maquinário para auxiliar os produtores antes e depois do plantio. Recentemente, um trator foi adquirido num convênio com o governo federal e ficará à disposição dos produtores de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri. Além disso, tratores de menor porte estão em processo de aquisição e serão entregues às cooperativas da região, como a Cooperativa de Artesãos e Agricultores Familiares da Economia Solidária de Brasileia (Coopermista).

João da Silva Filho é presidente da Coopermista e, assim como os demais produtores, comemora os resultados alcançados com o plantio. “Sempre tivemos muitas dificuldades para produzir e vender nossa produção. Nossa expectativa com esses incentivos do governo é de ampliar cada vez mais a capacidade de produção”, disse. Eles devem construir pelo menos mais 20 estufas para atender toda a região. Os cooperados já receberam os kits de horta oferecidos pela SEPN, o que tem ajudado bastante. “Espero que esse ciclo continue gerando emprego e aumentando a renda dessas pessoas.”

Um trator foi adquirido e ficará a disposição dos produtores de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri (Foto: Angela Peres/Secom)

Um trator foi adquirido e ficará a disposição dos produtores de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri (Foto: Angela Peres/Secom)

Além dos compradores brasileiros, existem também outros consumidores fiéis às verduras e hortaliças de Brasileia. Uma pesquisa feita pelos técnicos do escritório da SEPN em Brasileia aponta que cerca de 30% de tudo que é produzido e comercializado tem como destino a cidade de Cobija, capital do departamento de Pando, na Bolívia. Em breve acordos de cooperação devem ser celebrados entre os dois países para garantir a venda certificada. A perspectiva é de que, com o aumento da produção, os produtos sejam trazidos também para comercialização na Central de Abastecimento de Rio Branco (Ceasa).

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