SEPMulheres reúne grupos produtivos do Juruá

Associações serão mapeadas para melhorar a economia das comunidades

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Na última semana, a equipe da Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres (SEPMulheres) realizou extensa agenda no Juruá com ênfase nos municípios de Mâncio Lima, Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul (Fotos: Assessoria SEPMulheres

Na última semana, a equipe da Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres (SEPMulheres) realizou extensa agenda no Juruá com ênfase nos municípios de Mâncio Lima, Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul. Uma das tarefas desempenhadas foi conhecer os grupos de produção dos municípios para mapear grande parte do trabalho executado pelas cadeias produtivas acreanas.

A coordenadora do Departamento de Inclusão Socioprodutiva da SEPMulheres explica a importância desse trabalho. “Foi possível reunir e ouvir muitos grupos de mulheres e entender suas demandas. Entendemos que é importante a inclusão dos grupos no processo produtivo local, como forma de contribuir com a autonomia econômica dos grupos de mulheres.”

Além do contato com as representantes locais, foram vistos exemplos das produções e conhecidas as dificuldades dos grupos. Muitos encaminhamentos foram trazidos para serem aprimorados com parcerias entre diferentes secretarias de Estado. O objetivo é auxiliar no sucesso do trabalho local, para crescimento social e econômico e valorização da mulher.

Em Rodrigues Alves, destacam-se atividades ligadas principalmente à costura. Há o grande desejo de aprender a usar o buriti como matéria-prima, tanto na extração de polpas como na produção do artesanato. Foi visto também o desejo de as mulheres desenvolverem a jardinagem e a horticultura, pois, como explicou a vereadora Antônia Matos, grande parte do que é consumido é vendido semanalmente em um caminhão que vem de um município próximo. “Se o município produzisse mais, o custo seria menor e esse dinheiro que gastamos com produtos que são tão necessários à nossa alimentação ficaria aqui em Rodrigues Alves, o que seria muito melhor para nosso desenvolvimento econômico”, argumentou.

Todavia, foi perceptível um notável apoio municipal, pois grande parte das mulheres vítimas de violência ou desempregadas recebe o Bolsa Família e cerca de 90% já foram contempladas com algum tipo de curso. Existe também a formação de uma cooperativa que trabalhará com diferentes setores produtivos locais, e a equipe da SEPMulheres orientou principalmente sobre a importância da organização dos grupos de produção. Está previsto o início de uma feira municipal, na qual os grupos poderão comercializar seus produtos.

Em Cruzeiro do Sul foram conhecidos o trabalhos com biojoias, costura e artesanatos. Há grupos organizados de igrejas evangélicas, que trabalham com adolescentes menores infratoras e também algumas associações. Essas representantes expuseram a necessidade de articulação e crescimento dos grupos. Exemplos disso são a Cooperativa Convicta, que por meio da Fundação Banco do Brasil conseguiu o investimento para comprar máquinas, em que produzem principalmente costuras e bordados de jogos de peças para decoração de casa, e um pequeno grupo de mulheres que produzem artesanatos com cipó e buriti. Os grupos citados produzem produtos de boa qualidade, mas explicaram a necessidade de crescimento para produzir mais e atender demandas, por isso veem a necessidade de cursos profissionalizantes para que outras estejam capacitadas para desenvolver junto a elas esse trabalho.

“Vimos trabalhos lindos, feitos com capricho de mulheres que querem crescer. Com essa experiência estamos voltando entusiasmadas para dar encaminhamentos para esses pequenos negócios e retornarmos com sugestões para otimização da produção, apoios e incentivo a autonomia econômica”, conclui a secretária da SEPMulheres, Concita Maia.

Na última reunião, realizada em Cruzeiro do Sul, a representante da educação, Ideni Borges presenteou a equipe com os DVDs: “Mulher – A luta continua”, produzida pela Articulação Juruaense de Mulheres e o “Horas Amargas”, que é vencedor do edital de Lei de Incentivo a Cultura do Estado do Acre, o documentário retrata aspectos da violência urbana em Cruzeiro do Sul. “O Juruá também produz cultura”, afirmou a representante.

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