SEPMulheres quer inclusão das mulheres do sistema prisional na Rede Cegonha

Equipe da secretaria de Políticas para as Mulheres esteve na unidade penitenciária feminina Doutor Francisco de Oliveira Conde para avaliar a saúde das reeducandas (Foto: Assessoria SEPMulheres)

Equipe da Secretaria de Políticas para as Mulheres esteve na unidade penitenciária feminina Doutor Francisco de Oliveira Conde para avaliar a saúde das reeducandas (Foto: Assessoria SEPMulheres)

Em defesa dos direitos e na luta pela qualidade de vida mais justa e igualitária para todas as mulheres, equipe da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SEPMulheres) esteve na tarde desta quinta-feira, 21, na unidade penitenciária feminina Doutor Francisco de Oliveira Conde para avaliar a saúde das reeducandas.

De acordo com o artigo 196 da Constituição Brasileira, pessoas que se encontram em reclusão prisional têm os mesmos direitos fundamentais à saúde como qualquer outro cidadão. Como parte das ações programadas para o mês da mulher. a coordenadora de Saúde da SEPMulheres, Suzy Chalub, percorreu o pavilhão feminino com a enfermeira da Unidade de Saúde Prisional, Ana Maria Barbosa, para conversar com as reeducandas.

“É importante levantarmos todos os dados para sabermos o que é oferecido para essas mulheres na área da saúde e o que ainda falta. Existe uma nota técnica conjunta do Ministério da Saúde e o Ministério da Justiça que inclui as mulheres custodiadas na Rede Cegonha”, disse Suzy Chalub.

A enfermeira do presídio ressalta a importância de elas serem tratadas com respeito e igualdade. Devido ao grande índice de mulheres com depressão, o tratamento dessas pacientes precisa ser diferenciado. “Quando elas chegam aqui à unidade de saúde, não questionamos o crime que as trouxe para cá. Não estamos aqui para julgar. Dedicamos toda a atenção que elas merecem e tentamos levantar a sua autoestima”, disse Ana Maria Barbosa.

Grande parte dessas mulheres está presa por envolvimento com tráfico de drogas. São jovens, mães solteiras, que dividem celas e tendem a ter uma maior vulnerabilidade às doenças transmissíveis e não-transmissíveis. Preocupada em mudar esse quadro, a SEPMulheres fará o monitoramento dessas reeducandas para que todas que necessitarem tenham atendimento de saúde de qualidade. A Rede Cegonha disponibilizará a elas informações no que diz respeito à promoção da saúde sexual e reprodutiva, prevenção de DSTs, pré-natal e assistência à saúde da criança, além de atenção psicológica e social às gestantes, parturientes e nutrizes (mulheres que amamentam).

“A SEPMulheres vai articular ações na área da saúde para que as reeducandas sejam contempladas com a Rede Cegonha. Não mediremos esforços para que todas, sem exceção, tenham acesso integral à Rede”, enfatizou a secretária da SEPMulheres Concita Maia.

Rede Cegonha

A Rede Cegonha é uma estratégia do Ministério da Saúde, operacionalizada pelo SUS, fundamentada nos princípios da humanização e assistência, onde mulheres, recém-nascidos e crianças têm direito a: 

* Ampliação do acesso, acolhimento e melhoria da qualidade do pré-natal.  
* Transporte tanto para o pré-natal quanto para o parto.  
* Vinculação da gestante à unidade de referência para assistência ao parto                      
* Realização de parto e nascimento seguros, por meio de boas práticas de atenção.  
* Acompanhante no parto, de livre escolha da gestante.  
* Atenção à saúde da criança de 0 a 24 meses com qualidade e resolutividade.  
* Acesso ao planejamento reprodutivo.

A Rede Cegonha assegura às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo, à atenção humanizada à gravidez, parto e puerpério, e às crianças direito ao nascimento seguro, crescimento e desenvolvimento saudáveis.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter