Uma autoestima elevada pode representar muito mais do que otimismo em relação à vida. De acordo com a ciência, a sensação de bem-estar gerada pela valorização das características pessoais oferece uma proteção efetiva do coração e do sistema imunológico. Embasada neste contexto, a Secretaria de Política para as Mulheres (SEPMulheres) ofereceu, na manhã da quinta-feira, 17, uma oficina de autoestima para as reeducandas da unidade feminina do presídio Doutor Francisco de Oliveira Conde.
Durante a oficina, as 18 reclusas aprenderam técnicas de meditação e puderam fazer uma análise de suas vidas. O objetivo é trabalhar a saúde psicológica dessas mulheres em situação de cárcere. Para J. S., de 40 anos, presa há um ano e meio, a reflexão possibilita uma maior compreensão do mundo e fortalece o equilíbrio de cada uma delas. “Realmente somos guerreiras, todos os dias lutamos para vencer esta fase de nossa vida. E quando sairmos daqui estaremos muito mais fortes. Não vai ser qualquer coisa que irá nos derrubar outra vez.”
A interação entre as reeducandas ficou por conta da apresentação pessoal feita por cada participante. Elas falaram de gostos, familiares, sonhos e metas. Foram assistidos vídeos com mensagens de otimismo e em seguida foi feita uma roda de conversa, onde cada uma pode discorrer a respeito do que viu e tirar dúvidas.
A coordenadora de Saúde da Mulher da SEPMulheres, Susy Chalub, aproveitou a ocasião para apresentar o papel e o trabalho desempenhado pela SEPMulheres. “Nós, da SEPMulheres, existimos para garantir o espaço feminino na sociedade e lutamos por uma qualidade de vida mais justa e igualitária para todas as mulheres”, disse Susy.
Concita Maia, secretária da SEPMulheres, afirmou que um “dos compromissos da secretaria é assegurar os direitos humanos das mulheres em situação prisional, por meio de atividades. Desde ações voltadas ao apoio à saúde delas, passando pelo acesso à cultura, lazer e esporte, para que tudo isso possa culminar na busca por uma saúde mental de qualidade”.