Senadinho: 13 anos de danças e histórias

Manhã normal de sexta-feira no Senadinho (Foto: Elisson Magalhães)

Manhã normal de sexta-feira no Senadinho (Foto: Elisson Magalhães)

O Senadinho completa 13 anos neste mês de dezembro. O local se tornou o famoso ponto de encontro da terceira idade, que reúne até 200 idosos, todas as quartas e sexta feiras, para cantar e dançar ao som de bandas que tocam desde o forró pé-de-serra aos clássicos do chorinho.

O espaço, inaugurado dia 20 de dezembro de 2000, construído ao lado do Palácio das Secretarias, em Rio Branco, originalmente, apenas fazia parte da nova estrutura do prédio, que passou por obras de revitalização. O Senadinho, na inauguração, foi transformado em palco para músicos locais e, logo depois, em salão para os dançarinos mais animados da cidade, os da terceira idade.

O governador Tião Viana entregou, em 2012, o espaço reestruturado. O local passou por uma reforma – para a recuperação de bancos, mesas e lixeiras. O piso foi trocado e ainda houve ampliação no espaço reservado à dança. Por ser em um espaço aberto, no período das chuvas, seis meses em média, as atividades são transferidas para outro local histórico da capital, o Casarão, que, mesmo com as chuvas, não deixa de lotar.

É de conhecimento que a chegada do ser humano à terceira idade ocasiona algumas limitações ao corpo, surge daí a necessidade de otimizar esse processo de envelhecimento, tornando a vida do idoso mais fácil e prazerosa. A dança na terceira idade traz benefícios ao corpo, mente e à saúde, além de alegria e bem-estar, é uma atividade estimuladora promotora da integração e geradora de movimentos evolutivos e graciosos.

Movimentos, esses muito bem executados na Esquina da Alegria, local onde tudo combina com os idosos – até o nome onde se situa o Senadinho. Todas as manhãs de quartas e sextas-feiras eles estão lá, de casalzinho, movidos pelo som do teclado e da sanfona, deslizando no dois-pra-lá, dois-pra-cá.

Wilson Araújo, coordenador do Senadinho desde sua inauguração, conta que nem sempre o forrozinho foi em dois dias da semana. No início, o arrasta-pé da terceira idade só acontecia às sextas feiras. “Só era uma banda. O Hélio Melo [pintor e tocador] ainda era vivo. Ele até veio participar durante umas duas semanas com a gente. Deu certo, o povo foi e gostou. Ficou tão bom que o pessoal pediu mais um dia, na quarta-feira. Contratamos mais outra banda e até hoje estamos aí: 13 anos já”, comenta.

Nenhuma data comemorativa é passada em branco com esse grupo que sabe aproveitar a vida. A cotinha para os salgados, doces e refrigerantes é feita entre eles mesmos e as festas em datas comemorativas já são tradição – Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia do Idoso. A rainha do Senadinho é escolhida em uma dessas festas e reina durante todo o ano, até o próximo dia de São João. Neste ano, a coroa é de Terezinha Maria da Silva.

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