Dando continuidade ao movimento 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, a Secretaria de Estado da Mulher do Acre (Semulher) está realizando uma campanha de conscientização com os servidores do Estado, com o objetivo de enfrentar e prevenir o assédio moral e sexual no ambiente de trabalho, oferecendo informações e suporte para denúncias.
Segundo a chefe do Departamento de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Joelda Pais, as atividades da campanha Não Se Cale estão sendo desenvolvidas, desde maio, nas secretarias de todo o estado, com ênfase em Brasileia, Cruzeiro do Sul e Rio Branco, mas nos 21 Dias de Ativismo, as equipes multidisciplinares da Semulher intensificam os trabalhos de conscientização, com palestras e materiais didáticos.
Joelda destaca que essas palestras são articuladas com todos os secretários das pastas e, até o momento, foram alcanças mais de 507 pessoas. “Após a realização da campanha, já recebemos quatro denúncias, que estamos acompanhando. Muitas pessoas que passam por esse problema têm muitas dúvidas, se sentem sozinhas, não sabem onde procurar ajuda, não sabem se existe alguma canal de denúncia. As pessoas ficam geralmente isoladas no trabalho, quando acontece assédio moral ou sexual”, explica.
A denúncia para qualquer tipo de assédio pode ser feita de forma anônima e segura. A Central de Atendimento Nacional à Mulher está disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana.
Ligue 180, pelos aplicativos móveis WhatsApp (61) 9 9656-5008, Telegram basta digitar “Direitoshumanosbrasilbot” na busca do aplicativo. No Estado do Acre, é possível entrar em contato com a Semulher, pelo número (68) 9 9605-0657, também disponível 24 horas.
A agenda de conscientização segue até o dia 10 de dezembro, com ações integradas na capital e no interior do estado.
21 Dias de Ativismo
O movimento 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher se iniciou no Dia da Consciência Negra e foi criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A campanha é internacional e foi iniciada em 1991, mas, no resto do mundo, conta com apenas 16 dias, iniciando-se no dia 25 de novembro.
No Brasil, as atividades são realizadas a partir do dia 20 de novembro, especialmente porque as mulheres negras sofrem mais violência obstétrica e são as principais vítimas de violências sexuais e de feminicídios no Brasil.