Semulher aborda combate à violência contra mulheres e meninas negras entre estudantes de escolas de Rio Branco

Para levar conscientização para jovens e adolescentes acerca de questões de gênero e etnia, a Secretaria de Estado da Mulher do Acre promoveu na quinta-feira, 10, o projeto “Papo reto: combatendo as violências contra meninas e mulheres negras”, em palestra voltada aos estudantes das escolas Raimunda Pará e Frei Heitor, em Rio Branco.

Projeto Papo Reto aborda questões de gênero e etnia com estudantes. Foto: Victor Batista/Semulher

De acordo com a responsável pela Divisão de Diversidade Étnica Racial da Semulher, Silvania Oliveira, levar a iniciativa para as escolas, principalmente em bairros com alto índice de violência contra a mulher, é um método de prevenção, por meio da educação. “Prevenimos quando, nessa fase de formação dos jovens, levamos conhecimento para eles. Falando sobre os tipos de violência, mas também sobre mulheres negras, que são as que são mais vulneráveis a esse tipo de crime”, explicou.

Projeto Papo Reto foi instituído com objetivo de criar um espaço de diálogo sobre interseccionalidades. Foto: Victor Batista/Semulher

O projeto Papo Reto foi instituído com o objetivo de criar um espaço de diálogo sobre interseccionalidades, uma parte da sociologia que estuda como fatores que envolvem gênero, etnia e idade, entre outros aspectos, vão construir e afetar a identidade das pessoas de grupos minoritários e que passam pela desigualdade social.

“Esse projeto foi inaugurado há poucos meses, mas já podemos dizer que estamos caminhando para a formação desses adolescentes. Eles fazem perguntas, participam, compartilham suas vivências. É um momento inteiramente voltado para eles. Às vezes, temos aquele ou aquela aluna que sofre em silêncio, calado, por não saber seus direitos e, até mesmo, não saber que está sofrendo violência. Por isso que ir lá e falar já mostra um grande apoio para eles”, ressaltou a chefe do Departamento de Ações Temáticas e Participação Política, Alicia Flores.

“Que isso possa agregar no nosso dia a dia e ser aplicado”, disse Lohanna. Foto: Victor Batista/Semulher

“A gente recebeu a Semulher e elas nos falaram sobre o racismo, a violência e o preconceito, coisas que a gente vive e vê muito hoje em dia. Isso vai nos ajudar muito para que a gente respeite mais as mulheres, respeite todas as pessoas, o nosso próximo. E que isso possa agregar no nosso dia a dia e ser aplicado”, disse a aluna Lohanna Vitoria Araujo, de 15 anos.

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