Seminário discute o valor e a produção da castanha no Acre

Evento tem como objetivo identificar políticas, temas e diretrizes com foco no fortalecimento do Plano Nacional da Castanha

seminario_seaprof_foto_luciano_pontes_05.jpg

seminario_seaprof_foto_luciano_pontes_01.jpg

Estado é hoje uma referência nacional na produção de castanha. Objetivo do seminário é expor o que foi implantado e deu certo no Acre nos últimos 12 anos (Foto: Luciano Pontes/Secom)

Começou na manhã dessa quinta-feira, 23, o “O Seminário de Pesquisa da Cadeia de Valor da Castanha do Brasil no Contexto do Fortalecimento do Plano Nacional”, que tem como objetivo identificar políticas, temas e diretrizes para balizar a pesquisa e geração de conhecimento com foco no fortalecimento do Plano Nacional da Castanha. O evento acontece no auditório da Seaprof até esta sexta-feira e reúne cerca de 80 participantes entre produtores, cooperativistas e membros de instituições ligadas à cadeia do setor produtivo da castanha.

O Acre é o maior exportador de castanha do país. São 12 mil toneladas por ano. “Ao longo desses dois dias de trabalho, temos como objetivo encaminhar um plano de políticas públicas para a produção da castanha que seja aprovado em regime federal”, conta Tony Jhon, secretário em exercício da Secretaria de Extensão em Produção Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof). “Além disso, queremos eliminar o maior vilão da cadeia produtiva, a contaminação por fungo”, explica Tony.

A castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa) é um dos relevantes produtos florestais não-madeireiros da Amazônia no Brasil, Peru e Bolívia. Sua importância vai além da subsistência. Durante a sua safra, ela é fonte de renda para milhares de famílias provenientes de comunidades tradicionais e de agricultores familiares.

O Estado é hoje uma referência nacional na produção de castanha. A ideia é expor o que foi implantado e deu certo no Estado nos últimos 12 anos. Tatiana Balzon, delegada do Ministério do Desenvolvimento Agrário, lembra que a castanha, junto com o babaçu, é um produto prioritário na política nacional de sociodiversidade.

O objetivo do seminário também trouxe ao Estado diversos participantes da Região Norte. “Estamos todos aqui para trocar experiências, pois essa representa para muitas famílias e produtores rurais uma importante fonte de renda, senão a única, por isso é importante discutirmos", disse Malvino Salvador, do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas.

As cooperativas no Estado têm criado cada vez mais força. É o caso da Cooperacre, que além da castanha também trabalha com a venda de polpa de fruta em larga escala para outros Estados brasileiros. “Temos 1.056 famílias produtoras cadastradas e mandamos nossa produção para 15 Estados. Só de castanha, produzimos cerca de 800 toneladas, gerando de 10 a 12 milhões de reais”, explica Manoel Monteiro, superintendente da Cooperacre. A gigante da indústria alimentícia Nestlé tem se interessado pela produção acreana e a previsão é de que comece em 2011 uma parceria para comprar a castanha produzida pela Cooperacre.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter