Seminário sobre Saúde dos Adolescentes e Jovens é realizado em Rio Branco

Durante os três dias de Seminário, os gestores e trabalhadores da saúde irão debater os direitos, sexualidade, gravidez precoce e saúde de adolescentes e jovens (Foto: Assessoria Sesacre)

Durante os três dias de Seminário, os gestores e trabalhadores da saúde irão debater os direitos, sexualidade, gravidez precoce e saúde de adolescentes e jovens (Foto: Assessoria Sesacre)

Na manhã desta terça-feira, 19, foi iniciado o 1º Seminário Estadual de Cuidado Integral à Saúde dos Adolescentes e Jovens, no auditório do Hotel Pinheiro, no Centro de Rio Branco. O evento vai até o dia 21, quinta-feira, com vários debates abordando temas como as políticas públicas que envolvem os direitos, sexualidade, gravidez precoce e saúde de adolescentes e jovens.

Estiveram presentes várias autoridades, que fizeram explanações sobre a importância da realização de o evento ser destinado à população jovem do Estado. “A saúde e a educação têm que estar sempre falando a mesma linguagem, ou seja, buscar sempre parceiras para um trabalho de grande relevância”, destacou a consultora do Ministério da Saúde, Ana Sudário.

O seminário aborda temas como maternidade na adolescência, mortalidade materna, cobertura vacinal para hepatite B, mortalidade juvenil e os serviços de atenção básica na rede pública de saúde, assuntos que aparecem com mais frequência entre as jovens de classe social mais baixa e de menor escolaridade.

Durante os três dias, serão ofertados e discutidos subsídios para que adolescentes e jovens possam construir habilidades e definir projetos de vida, de modo que seu pleno potencial seja alcançado.

Fortalecimento de política pública

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Em um trabalho conjunto dos ministérios da Educação e da Saúde, originou-se o Saúde na Escola, que realiza diversas ações voltadas para o jovem brasileiro, como avaliação das condições de saúde, promoção da saúde e prevenção, educação permanente (capacitação dos profissionais da educação, saúde e de jovens) e monitoramento da avaliação da saúde dos alunos.

O diretor-executivo de gestão da Sesacre, Irailton Lima, ressalta que essa reunião é importante para discutir os gargalos que envolvem a saúde dos jovens no estado (Foto: Assessoria Sesacre)

O diretor-executivo de gestão da Sesacre, Irailton Lima, ressalta que essa reunião é importante para discutir os gargalos que envolvem a saúde dos jovens no Estado (Foto: Assessoria Sesacre)

De acordo com a gerente da Saúde de Adolescentes e Jovens da Sesacre, Maria Luisa Escudeiro, o seminário irá possibilitar a qualificação dos profissionais em saúde que trabalham diretamente com adolescentes e jovens para tratar de assuntos que abrangem a atenção sexual e reprodutiva, e também ampliar o acesso à caderneta de saúde de adolescente nos municípios.

“Iremos discutir aqui o futuro dos nossos jovens, para que eles tenham um acolhimento integral e diferenciado pelas equipes de saúde da família, orientação na educação em sexualidade e o estímulo à participação do público jovem masculino”, disse Maria Luisa.

Para o procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado (MPE/AC), Carlos Maia, as vulnerabilidades em relação à saúde do adolescente e jovem são agravadas quando consideradas as desigualdades raciais (cor, gênero e orientação sexual), econômicas e sociais. “O impacto de tudo isso com relação à saúde se reflete em especial na saúde sexual e reprodutiva e também na saúde mental, com o abuso de álcool e drogas”, enfatizou.

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 Cuidado integral com o jovem e o adolescente

No atendimento aos adolescentes, os profissionais devem focar a dimensão humana, individual e ética do atendimento, os direitos e a identificação das especificidades de desenvolvimento daquele adolescente que está sendo atendido. Além disso, devem facilitar o acesso e qualificar a atenção integral com ênfase nas ações de proteção e promoção.

Segundo o diretor-executivo de gestão da Sesacre, Irailton Lima, esse seminário foi uma decisão chave, que possibilita o cuidado do futuro das pessoas que serão os administradores do Estado.

“Discutir a atenção ao jovem e adolesceste a partir da Rede Cegonha proporciona perceber quais os agravos mais comuns com essa população e qual a abordagem mais adequada”, explicou Lima.

Troca de experiências

A parteira de Marechal Thaumaturgo, Maria Zenaide de Souza, comenta que essa é uma oportunidade de troca de experiências (Foto: Assessoria Sesacre)

A parteira de Marechal Thaumaturgo Maria Zenaide de Souza comenta que essa é uma oportunidade de troca de experiências (Foto: Assessoria Sesacre)

Maria Zenaide de Souza, de Marechal Thaumaturgo, trabalha há mais de 40 anos como parteira. Ela falou sobre a importância de abordar temas sobre a saúde dos jovens.

“Em Marechal Thaumaturgo, há um índice muito grande de adolescentes grávidas. Eu mesma já fiz vários partos em meninas, quase crianças ainda, que estão gerando novas crianças. Percebo que isso é uma questão cultural dos pais, que muitas vezes são omissos e não prestam a devida orientação sobre como evitar uma gravidez com métodos contraceptivos, por exemplo”, relatou Maria Zenaide.

A parteira disse, ainda, que essa é uma oportunidade para que seja traçada estratégia com os profissionais que estão diretamente com esses jovens e possam abordá-los de forma correta sem constrangê-los, para que eles conheçam seus direitos e tenham ciência de suas ações.

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