O Projeto Integralidade e Saúde reúne anualmente pesquisadores, professores e profissionais de saúde para discutir saberes e práticas no cotidiano das instituições de saúde. Este ano, o evento tem edição itinerante e vem ao Acre discutir “Integralidade sem fronteiras: itinerários formativos, de justiça e de gestão na busca por cuidado”, entre os dias 13 e 17 de agosto. O evento é promovido pela Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com o Laboratório de Pesquisas sobre Práticas de Integralidade em Saúde, e tem o apoio da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre).
A programação está dividida em dois momentos complementares. O primeiro deles antecede o seminário e terá início já no dia 13, com o Encontro Regional Norte de Humanização e Apoio Institucional, com Gustavo Nunes, coordenador da Política Nacional de Humanização do Ministério da Saúde. Nos dias 14 e 15, o Pré-Seminário prossegue com a realização da Ágora “Áreas Programáticas Estratégicas em Saúde e Integralidade do Cuidado: As Fronteiras das Políticas Específicas na Efetivação do Direito Humano à Saúde”, seguida por mesas-redondas e debates ligados à universalidade do acesso ao cuidado, comunicação e saúde e educação médica nas fronteiras.
A palestrante Tatiana Lopes, fisioterapeuta do Hospital Sofia Feldman, de Belo Horizonte (MG), vem ao Acre com boas expectativas para o seminário. “Os encontros do Lappis são espaços de discussões importantes sobre os desafios impostos na construção de um sistema de saúde mais igualitário. A discussão dos grupos, associada à experiência vivenciada pelo Lappis sítio norte, pode trazer contribuições importantes sobre formas criativas de reconhecimento dos usuários no SUS”, aposta.
A conferência de abertura do Seminário está programada para o dia 15, às 18 horas, e terá como título: “Fronteiras do Cuidado na América Latina: a dádiva como travessia nas mediações sociais com a integralidade do direito humano ao cuidado”, ministrada pelo professor Paulo Henrique Martins, da Universidade Federal de Pernambuco. Durante dois dias, o Seminário vai discutir, no formato de mesas-redondas e debates, os seguintes temas: “Cuidado, Direito e Multiculturalidade: os itinerários da justiça na busca por cuidado”; “Humanização e Educação Permanente no SUS: itinerários formativos do agir ético-político no cuidado na saúde”; “As fronteiras do trabalho em equipe nas fronteiras: entre o geral e o específico na gestão do cuidado na saúde”; e “Avaliação na produção do cuidado em saúde: efeitos epistemológicos, políticos e normativos na racionalidade biomédica em saúde”.
Para Roseni Pinheiro, coordenadora do Lappis e idealizadora dos seminários da Integralidade, o momento será oportuno para trabalhar com o tema das fronteiras, entendendo fronteiras com toda a riqueza a que o substantivo remete: fronteiras de saberes e de práticas culturais, além das fronteiras geográficas. “Serão muitas atividades dedicadas ao tema das fronteiras, em todos os sentidos”, diz. As inscrições estão abertas no site do Lappis (www.lappis.org.br) e serão emitidos certificados de participação.