Seminário discute caminhos para crescimento das agroindústrias de frutas

O auditório do Senar ficou lotado no primeiro dia do seminário de agroindústrias do Acre (Foto: Leônidas Badaró/Secom)
Auditório do Senar ficou lotado no primeiro dia do seminário de agroindústrias do Acre (Foto: Leônidas Badaró/Secom)

Nesta quinta-feira, 19, o governo do Estado e diversos parceiros deram um importante passo para o crescimento das agroindústrias de frutas no Acre.

Representantes de órgãos ligados à produção, parceiros como Incra, Embrapa, Sebrae, Ministério da Agricultura, empresários e produtores, discutem durante dois dias logística, aspectos econômicos e de mercado, levando em consideração as etapas de uma agroindústria que vão desde as instalações físicas até o produto final que chega à mesa do consumidor.

Um estudo importante para nortear as discussões é um diagnóstico realizado pela Embrapa em 18 agroindústrias de frutas que têm como principal matéria-prima o açaí.

“O primeiro ponto é apresentar esses resultados que coletamos nesses últimos três anos e depois avançar em indicadores em relação à agroindústria do Acre”, destaca Eufran Amaral, chefe-geral da Embrapa no Acre.

José Carlos Reis, secretário de Estado de Agricultura e Pecuária (Seap), lembra que a fruticultura é uma das cadeias produtivas que mais tem potencial de crescimento no estado, já que tanto o solo quanto o clima favorecem o cultivo de diversas espécies de frutas.

“O Acre tem feito grandes investimentos no setor. Precisamos criar uma engrenagem para que a fruticultura avance. Por isso é tão importante a participação desses parceiros na realização do seminário”, afirma.

Produtores do interior participam do seminário

O auditório do Senar ficou lotado no primeiro dia do seminário de agroindústrias do Acre (Foto: Leônidas Badaró/Secom)
Mateus Oliveira processa em Feijó 20 toneladas de açaí por mês e compra a fruta de mais de 150 famílias no município (Foto: Leônidas Badaró/Secom)

O microempresário de Feijó Mateus Oliveira destaca que, no auge da produção, de janeiro a março, chega a comprar açaí de 150 produtores e beneficia 20 toneladas da fruta por mês. “Um evento como esse faz com que a gente aumente o conhecimento. Já dei entrada na documentação para que possa exportar meu açaí a outros estados”, afirma.

Já em Mâncio Lima, no Vale do Juruá, o agricultor Gilberto da Silva, produtor de banana e graviola, reclama que a falta de uma agroindústria prejudica o faturamento dos produtores familiares. “Como a gente não tem como beneficiar a nossa produção, acaba tendo que vender para os atravessadores, que compram por um preço mais baixo.”

O Seminário de Agroindústria de Frutas do Acre está sendo realizado no auditório do Senar, na Rua Guiomard Santos, 335, Bosque, e termina nesta sexta-feira, 20.

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