Diálogo sobre desenvolvimento do Etnoturismo no Acre aborda fomento e desafios do setor no estado

A Secretaria de Estado de Turismo e Empreendedorismo do Acre (Sete), realizou uma apresentação sobre o desenvolvimento do etnoturismo no Acre, na tarde desta sexta-feira, 19, no seminário Promovendo Diálogos: Territorialidades, Ancestralidade e Políticas Públicas, organizado pelo governo do Acre, por meio da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi).

A apresentação integrou as faixas 3 e 4 do seminário e discutiu, dentro dos eixos, as temáticas da “Cultura, Turismo e Direitos Sociais” e “Políticas Públicas: Direitos e Garantias na CF-88”, respectivamente. Também participaram das discussões representantes da Fundação de Cultura Elias Mansour (Fem), Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (Seasdh), Conselho Estadual de Cultura, Federação do Povo Huni Kui do Estado do Acre (Fephac), Organização das Mulheres Indígenas do Acre e Sul do Amazonas e Noroeste de Rondônia (Sitoakore), e representantes da sociedade civil.

Sete dialogou sobre o desenvolvimento do etnoturismo no Acre, durante o seminário Promovendo Diálogos: Territorialidades, Ancestralidade e Políticas Públicas. Foto: Raphaela Barbary/Sete

A diretora de Turismo da Sete, Sirlânia Venturin, destacou a integração da Sepi, associações, o trade turístico e lideranças indígenas na coleta de dados a fim de melhor desenvolver políticas públicas de promoção e fomento do turismo dentro e fora do estado.

“O turista vem para o Acre e ele quer conhecer como funciona as medicinas da floresta, experimentar o ecoturismo, conhecer as vivências dos povos originários. Para que ele tenha uma experiência favorável, temos que fazer algo para oferecer essa experiência de melhor qualidade. Precisamos estar preparados para atender as demandas. Podemos fortalecer a atividade e qualificar melhor os serviços turísticos, mas precisamos de informações para avançar”, destacou.

Diretora de Turismo da Sete, Sirlânia Venturin, apresentou meios para fomentar o etnoturismo no estado. Foto: Raphaela Barbary/Sete

Além disso, Venturin ressaltou a importância da 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (Cop30) que será realizada no Pará, em 2025: “A Amazônia está no centro das atenções e temos que aproveitar tudo nosso, o legado dos povos indígenas, os ribeirinhos, a nossa cultura, para fomentar essa economia e fazer com que ela rode e cresça para todos os que estão aqui”, disse.

Gestor da Sete, Marcelo Messias, destacou a importância de desenvolver o turismo, preservando o patrimônio e as culturas locais. Foto: Neto Lucena/Secom

O secretário de Turismo e Empreendedorismo, Marcelo Messias, enfatizou que o Estado do Acre está focado no desenvolvimento de ações de promoção do turismo, preservando o patrimônio e as culturas locais.

“O Acre é riquíssimo em cultura e natureza. Temos muitos espaços e oportunidades para desenvolver a promoção da identidade cultural e da atividade turística, mantendo a floresta em pé. Então temos trabalhado, dentro de um planejamento orientado pelo PPA [Planejamento Plurianual 2024-2027], para impulsionar o trade turístico, o turismo de base comunitária, de natureza e o etnoturismo, e fortalecer todo esse potencial que o Acre tem”, destacou Messias.

União para fortalecer

Presente no evento, a diretora dos Povos Indígenas da Sepi, Nedina Yawanawá, ressaltou a importância de integração e diálogo das instituições para ações integradas, especialmente no contexto do turismo, uma área em que os povos indígenas têm desenvolvido há mais de vinte anos, como festivais e vivências.

“O turismo é uma temática muito importante, porque os povos indígenas já vêm fazendo isso [etnoturismo] há mais de 20 anos por meio dos festivais e das vivências. Então o aumento da procura para vivenciar a cultura dos povos indígenas no Acre tem hoje uma potencialidade muito grande. É muito importante esse estreitamento da relação e diálogo para ações que sejam integradas”, destacou.

Diretora dos Povos Indígenas da Sepi, Nedina Yawanawá, ressaltou a importância de integração e diálogo das instituições para ações integradas. Foto: Raphaela Barbary/Sete

Nedina enfatizou ainda a importância da união da Sepi e Sete para fomentar o setor: “Temos uma cultura riquíssima e a Sete, a partir dessa política de fortalecimento, tem atuado diretamente nas comunidades e se coloca corresponsável para promover e divulgar esse trabalho, sendo uma referência também para potencializar o trabalho que os povos indígenas vêm fazendo”, reforçou.

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