O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), realiza durante a manhã desta quarta-feira, 27, o Seminário de Saúde Integral da População Negra, sendo este dia a data oficial de Mobilização Nacional de Saúde Integral da População Negra e tem como objetivo gerar visibilidade à causa e promover ações de implementação da política, bem como ampliar as discussões voltadas para a temática.
O evento contou com atrações culturais como a participação do grupo de música Williane Martins, Gigliane Oliveira e Jhon Pabelo. E o grupo de capoeira Mameluco e Cordão de Ouro, sendo uma parceria entre a Sesacre, Uninorte e Prefeitura de Rio Branco.
“O Estado tem o compromisso, pratica e implementa essa política nos 22 municípios do nosso Acre. Nós sabemos que o racismo é institucionalizado, mas isso não nos impede de fazer o debate e enfrentá-lo, para que a população negra tenha um atendimento adequado, pois tem doenças prevalentes”, afirmou a coordenadora do Núcleo de Saúde das Populações Prioritárias e Vulneráveis, Zilmar Cândida.
Representante da Associação de Mulheres Negras (AMN) do Acre, Almerinda Cunha, destaca a importância do seminário para a saúde da população negra: “Esse evento é fundamental para nós, negros, pois o próprio Ministério da Saúde identificou o racismo institucional dentro do SUS”.
Representante da Uninorte, Ariovaldo Manzoti, falou sobre a visão humanista do evento: “Somos todos iguais, então, dentro dos nossos cursos de medicina, enfermagem, nós temos essa política de ensinar o aluno essa igualdade e principalmente essa equidade”.
O dia
A Portaria Nº 992, de 13 de maio de 2009, institui a Política Nacional de Saúde da População Negra. O Ministério da Saúde reconhece a necessidade da instituição promover mecanismos de promoção da Saúde Integral População Negra e do enfrentamento ao racismo institucional no SUS, com vistas às barreiras estruturais e cotidianas que incidem negativamente nos indicadores de saúde dessa população – precocidade dos óbitos, altas taxas de mortalidade materna e infantil, maior prevalência de doenças crônicas e infecciosas e altos índices de violência.
A Política
A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra é uma resposta do Ministério às desigualdades em saúde que acometem esta população e reconhecimento de que as suas condições de vida resultam de injustos processos sociais, culturais e econômicos presentes na história do País.