Casas fazem parte do programa Minha Morada e cerca de duas mil unidades devem ser entregues até o final do ano
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No rosto de cada uma das 80 famílias que estiveram no auditório da Casa da Indústria na tarde de terça-feira o sorriso estampava a felicidade de ter uma casa própria. No sorteio da localização de 80 unidades habitacionais destinadas a famílias que manifestaram interesse, os beneficiados conheceram o número, a rua e o bairro que vai fazer parte, a partir de agora, do novo endereço.
Até o final do ano, segundo a chefe do Departamento de Planejamento da Secretaria Estadual de Habitação (Sehab), Josilda Pereira, o Governo do Estado deve entregar cerca de duas mil unidades habitacionais dentro do programa Minha Morado, maior programa de habitação que o Estado já teve e que prevê a construção de dez mil residências.
"Estas primeiras 80 famílias fizeram a manifestação de interesse, fazem parte do CadÚnico, ganham de 0 a 3 salários e moram em Rio Branco há mais de um ano. O programa Minha Morada prevê várias situações e impõem critérios. Estas são as primeiras contempladas", explicou.
A diarista Maria do Socorro Rodrigues, moradora do Custódio Freire, não conseguia conter o sorriso largo. Ela paga um aluguel de R$ 100 e sustenta três filhas sozinha. Também fazem parte das despesas a alimentação, luz, água, além de remédios e outras necessidades. Tudo pago com o dinheiro incerto conquistado com base em diárias em casas de família. "Tem mês que eu tenho que escolher que conta eu vou pagar e agora eu tô feliz demais porque vai sobrar esses R$ 100 do aluguel no meu orçamento. É um dinheiro bom que vou poder usar pra comprar um calçado pras minhas filhas, uma roupa, planejar", disse.
Até o final de novembro as 80 famílias devem receber a chave da casa própria, que fica no Loteamento Jacarandá. A casa é uma doação do governo, mas, em contrapartida, é necessário que os beneficiados cumpram algumas regras. Entre as obrigações estão manter os filhos na escola, com a vacinação em dias e fazer pré-natal em caso de gravidez. A casa é intransferível e os contemplados passam a fazer parte de uma lista nacional para que não voltem a ser beneficiados. Neste loteamento, oito casas foram adaptadas para cadeirantes, com portas mais largas, rampa de acesso, banheiro diferenciado e barras de apoio.