Segurança Pública busca parcerias para combater violência doméstica

Pesquisa aponta que apenas 40% das mulheres procuram a polícia para denunciar agressor

violncia_domestica2.jpg
violncia_domestica_4.jpg

A 5ª Regional ocupa a desconfortável posição de segundo lugar entre as regionais com maior índices de agressão contra as mulheres e violência doméstica (Fotos: Assessoria Sesp)

Na tarde desta terça-feira, 25, homens de mulheres, representantes dos poderes públicos e governamentais, do Ministério Público e do Judiciário, estiveram reunidos no auditório da Cooperativa dos Trabalhadores em Serviços Gerais (COOPSERGE), localizado na Rua do Divisor, no bairro Jardim Eldorado. O convite para a reunião partiu da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), por intermédio do tenente-coronel Palladino, da Polícia Militar, e da delegada de Polícia Civil Maria Lúcia Jacoud. Os dois são responsáveis pela segurança pública da 5ª Regional de Segurança Pública, formada pelos bairros São Francisco, Eldorado, Chico Mendes e mais 20 outras comunidades.

A 5ª Regional ocupa a desconfortável posição de segundo lugar entre as regionais com maior índices de agressão contra as mulheres e a violência doméstica. Essa situação compromete o sucesso do Plano de Metas da 5ª Regional, ainda que outros indicadores como homicídios, tentativa de homicídios e roubos tenham caído significativamente. O militar e a delegada buscam alternativas de reduzir essas ocorrências através de parcerias e envolvendo a sociedade na busca de soluções.

Entre o público presente, o secretário de Segurança Pública, IldorReniGraebner, o diretor de operações da Sesp, Alberto da Paixão, a diretora de planejamento estratégico Francisca Antônia de Oliveira (Beth) e a juíza de Direito da Vara da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, Olívia Maria Alves de Oliveira.

A juíza trouxe para a reunião dados de uma pesquisa realizada pela vara da qual é titular, entre 2008 a 2010, que traz os seguintes dados: por região, o bairro campeão de violência doméstica era o Seis de Agosto. Essa violência migrou para o bairro Montanhês e depois para o Taquari. Até 30 de setembro deste ano, foram instaurados 15.740 inquéritos.

Desse total, 5.835 já foram arquivados e outros 8.878 estão em andamento. Para a magistrada, uma das principais causas da violência é a recusa da separação por uma das partes. A motivação é geralmente por álcool e drogas. As vítimas estão na faixa etária de 20 a 40 anos, e ao procurarem a polícia já sofreram no mínimo quatro agressões. Só 40% das vítimas procuram a polícia para denunciar o agressor.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter