A pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) indica que 78% da sociedade aprova atuação da Defensoria Pública. Os dados constam em Estudo Sobre a Imagem do Poder Judiciário Brasileiro, divulgada pela Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), nesta segunda-feira, 2, no Rio de Janeiro (RJ).
Os 78% de aprovação, o maior índice obtido na avaliação feita pela sociedade, mostram que as pessoas entrevistadas consideram a atuação da defensoria como “ótima + boa” ou “regular”.
A Defensoria também é líder na análise de sua atuação feita por advogados: 86% desses profissionais do direito consideram a defensoria “ótima + boa” ou “regular”.
O estudo ainda destaca a Defensoria Pública como a instituição do sistema de justiça com maior índice de confiança entre os cidadãos e cidadãs: 59%.
“É extremamente gratificante e uma honra para todos os defensores públicos do Brasil receber esse reconhecimento do povo brasileiro”, disse a defensora pública-geral do estado do Acre, Roberta de Paula Caminha Melo, ao avaliar o destaque da Defensoria Pública no estudo.
“A Defensoria Pública vem se alicerçando como instituição extremamente comprometida com a sociedade brasileira e que cumpre realmente o seu papel constitucional, como guardiã dos vulneráveis, efetivando os direitos individuais e coletivos dos necessitados, promovendo os direitos humanos e atuando como verdadeira expressão do regime democrático”, ressaltou.
Em 2017, a Defensoria Pública foi considerada a instituição pública mais importante, segundo a pesquisa realizada pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Na visão da população brasileira, 92,4% dos brasileiros consideraram a instituição como importante ou muito importante.
Judiciário
Na análise entre poderes, o estudo mostra que o judiciário é o único em que mais da metade dos entrevistados (52%) disse confiar.
Os dados oficiais da pesquisa também indicam, entre outros apontamentos, que 59% das pessoas consideram que vale a pena recorrer à justiça para solucionar alguma situação de conflito.
A pesquisa
Conforme informações da AMB, o estudo foi realizado pela FGV-Rio e pelo sociólogo e cientista político Antônio Lavareda. A coleta de dados ocorreu no período de agosto de 2018 a outubro de 2019, ouvindo mais de 2,5 mil pessoas, entre advogados, defensores públicos e cidadãos, em todas as regiões do país.
Ainda conforme a Associação dos Magistrados, a coordenação da pesquisa ficou a cargo do ministro Marco Aurélio Bellizze, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), com subcoordenação da presidente eleita da AMB, Renata Gil.
Confira a íntegra da pesquisa pelo link: https://bit.ly/2Y8zND4